Saudações, Irmãos Tricolores!
É com grande prazer que vos escrevo novamente falando sobre nosso Tricolor que, por sinal, vive bom momento, novamente, após duas semanas conturbadas há algum tempo.
“Reação em Grande Estilo” foi o nome que escolhi à minha coluna de sexta-feira passada, dia 13 de junho. Mas, apesar da confiança e de prever uma boa partida e um bom resultado (inclusive a vitória) para sábado, diante do Flamengo, eu admito: não esperava que tal reação se mantivesse no patamar atingido contra o Atlético Mineiro. Afinal de contas, como diziam os mais céticos: “ah, mas é o Atlético Mineiro!!”, desmerecendo, não somente o adversário de Belo Horizonte, mas o próprio Tricolor, que não apenas esboçava sua reação, mas já apontava seu ímpeto em conquistar o inédito Hexa campeonato nacional.
Desta vez, no sábado, dia 14, a vítima foi nada mais nada menos que o (até então) invicto e líder da competição, Flamengo. Sob a pressão de quase 60 mil torcedores, com muita propriedade o São Paulo soube impor seu ritmo de jogo e fazer com que a grande massa rubro-negra se calasse perante um futebol cadenciado e muito aguerrido, “brigador”, com o meio-campista Hugo se superando mais uma vez. Hugo ajudou, não somente na armação de jogadas ofensivas para o Tricolor, como também foi peça fundamental na marcação do setor de meio-campo do Flamengo (um meio-campo mais técnico que o são-paulino).
Outra peça que vem em ascendência é o ala/volante/meia Joilson. O ex-botafoguense parece ter encarnado o espírito vencedor e coletivo de se jogar no Tricolor e vestiu muito bem a camisa de faixas horizontais nos últimos jogos, tendo sido uma arma importante tanto ofensivamente quanto defensivamente para o SPFC. Fez grande partida contra seu ex-rival carioca e ajudou a construir a expressiva (e justa, diga-se de passagem) vitória do time paulista, por 4x2.
Apesar de um início acuado, recuado e inoperante enquanto criador de jogadas, o São Paulo se manteve calmo diante da ofensiva rubro-negra e, em momento importante do primeiro tempo, abriu o placar em gol de Borges. Após milimétrico cruzamento de Jancarlos o oportunista e bem-posicionado artilheiro tricolor não desperdiçou o “passe” recebido pelo meia são-paulino, Hugo, que tinha sua visão encoberta por um zagueiro flamenguista e pareceu ter feito a assistência com a mão, pela precisão que teve. Abria o placar e transformava, então, a cara do jogo.
Do gol em diante, o que se viu foi um amplo domínio do time paulista sobre os cariocas que não conseguiam mais fazer suas investidas ofensivas. Quando estava com a bola nos pés, o São Paulo cadenciava o jogo; quando estava sem a bola, marcava fortemente o meio de campo flamenguista, parando os ataques, muitas vezes, com intervenções de Hugo, Joilson e em outras e poucas oportunidades pelo volante Zé Luís ou com os zagueiros. O jogo foi assim entoado até o intervalo.
Eis que no segundo tempo, o Flamengo esboçava sua reação, mas apenas esboçava. Em pênalti infantil de Jancarlos, Ibson converteu para os rubro-negros aos 10 minutos da etapa complementar. Muricy, irritado, promoveu a volta de Richarlyson ao time no lugar do lateral direito, alterando o posicionamento do time. Agora, Joilson que jogava como volante pela direita, tornou-se ala-direito, Richarlyson assumiu a lateral e Jorge Wagner e Hugo ocupavam o meio-campo, com a cobertura de Zé Luís. Mas quem se sentiu amedrontado com a entrada do inconstante (na temporada) Richarlyson no time, logo teve seu alívio: em jogada em que a maioria dos jogadores desistiria do lance, Borges não desistiu e viu, na falha de cobertura do zagueiro flamenguista junto ao goleiro Bruno, que não segurou direito a bola, a oportunidade de marcar. E assim foi. O gol não foi bonito, mas representou, a meu ver, a volta de um time guerreiro, combatente, e que não se entrega perante as menores dificuldades. O São Paulo voltava à frente do marcador na casa do adversário e, cerca de 2 ou 3 minutos depois ampliava com Aloísio de cabeça.
O domínio do jogo era do São Paulo e, mesmo em meados de 35 min, com pênalti claro (tão desnecessário quanto o primeiro) cometido por Alex Silva (afinal jogada de corpo com o adversário no ar é falta, pois não há apoio, nem chão) e convertido novamente por Ibson (FLA 2x3 SPFC), o São Paulo soube levar a partida à sua maneira. Vale lembrar que Rogério ainda defendeu o pênalti, mas no rebote, não chegou a tempo (por pouco). O time foi como gostamos de ver: frio e calculista. E a substituição promovida por Muricy Ramalho, para dar mais velocidade ao time e mais posse de bola na frente, colocando Éder Luís no lugar de Borges (cansado) surtiu efeito. A princípio, dos 40 minutos em diante, parecia que o Flamengo chegaria ao empate, cedo ou tarde. Porém, aos 47’, em lançamento em longa distância efetuado por Rogério Ceni, mostrando que, além de reflexo (fez importantes defesas, ressalto a de uma bola cabeceada no chão, no canto esquerdo do gol), está com a visão de jogo em alta, Éder Luís se livrou do marcador (quase perdeu o lance, é verdade!) e chutou no contrapé do goleiro Bruno. Mais um minuto de jogo, para desespero da maioria da torcida presente, e festa Tricolor. O suposto fantasma do Maracanã estava esquecido, ou, ao menos, cicatrizada a ferida aberta naquele mesmo certame.
O São Paulo caminha a passos largos, dignos de um time que busca, com todas suas forças, sua reabilitação e a conquista de um título (novamente) inédito. Na verdade, serão (se assim as coisas continuarem, e acredito que continuarão) duas conquistas inéditas: o primeiro Hexa e o genuíno Tri-Campeão Brasileiro (consecutivamente).
Eu Acredito! Eu torço, eu vibro e eu te amo Tricolor!! Força São Paulo!
Um Dragão despertou para defender a hegemonia no território nacional! Agora, quero ver quem é que ousará derrubar este Dragão chamado São Paulo Futebol Clube.
16.6.08
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Um comentário:
mostramos que é o verdadeiro penta!!
alias, que penalty pegou o capitao e que lançamento o mesmo fez...
em fim, seria a volta do capitão?
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