31.7.08

Bola no pé e de cabeça erguida...

Primeiramente, mil desculpas pelo sumiço. Período conturbado e um tanto quanto corrido no dia-a-dia. Mas... depois de duas rodadas, volto a escrever. Não quis escrever logo após a partida de domingo, contra a Portuguesa, pois não queria me preciptar em comentários. E hoje, não foi apenas mais um jogo. Mas apesar do resultado não ter sido agradável e muito menos o desejado, gostei da atuação da equipe (com ressalvas). Por que? Bem, explico minhas razões.

Comentarei apenas a partida de hoje, entre São Paulo e Figueirense em campo adversário. Um futebol veloz e dinâmico, com jogadas pelas pontas e muita alternância da esquerda pra direita e da direita pra esquerda. Bola jogada no chão, sem muitos chutões ou chuveirinhos, ou seja, do jeito que nós desejamos. É bem verdade que tomamos um gol muito cedo, logo aos 7 minutos do primeiro tempo, em contra-ataque rápido da equipe da casa, em raro momento de desatenção da defesa durante toda a partida. Este gol que, por sinal, foi determinante no placar indigesto.

Devo ressaltar, novamente, a atuação do camisa 25 do São Paulo FC: Dagoberto. Parece que, de vez por todas, conquistou seu espaço e respeito em campo. Reencontrou seu futebol que o consagrou e está com uma postura ofensiva diferenciada. Não é mais aquele jogador que eu sempre tanto critiquei que apenas corre pelas pontas, abre na linha de fundo, sem objetividade alguma, não arrisca chutes, e, assim, perde jogadas incríveis, oportunidades claras de gol. De algumas partidas pra cá (arrisco 6 partidas talvez), vem mostrando agressividade tal que muito me agrada. Pega a bola no meio ou já na frente da área adversária, parte para um drible curto e dispara na corrida, buscando sempre o gol ou um companheiro melhor colocado pro arremate. Não se esquiva de divididas e não se esconde do jogo. Chama marcação, chama jogo, chama bola e chama a atenção em campo, com sua velocidade e chutes venenosos. Quando não basta isso, marca bem a saída de bola e volta muito pra ajudar a recompor o meio campo tricolor. Além do mais, vem executando ótimos cruzamentos, além de tabelas e triangulações no setor de ataque são-paulino. Ah!, e ainda uma bela bola colocada na furquilha (leia-se, quina entre trave e travessão). Pena não ter entrado: seria uma pintura!

Outra figura que merece grande atenção é André Dias. Quem me conhece sabe que sempre apreciei o futebol do beque, porém este ano, sem dúvida, apesar de um começo irregular, vem sendo um ótimo ano. Prova disto são as últimas rodadas. Apesar de não termos vencido todos os jogos (conquistamos 13 dos 18 pontos disputados) e de não termos vencido todas as partidas sem levar gols, André vem se mostrando muito seguro. Melhorou na velocidade e posicionamento, mal tem cometido faltas bobas (apenas necessárias ou "inventadas" pela arbitragem), utiliza-se de bom domínio de bola para sair com a bola nos pés quando possível, e não hesitar quando precisa usar o famoso "chutão". Hoje e domingo, ao lado de Aislan, mostrou que, apesar de Miranda e Alex Silva fazerem falta ao elenco, o futebol da defesa não cai tanto de nível. Com a provável saída de Alex e a possível saída de Miranda, ambos para o futebol europeu, ao lado de nomes como Aislan, Rodrigo e Anderson, André me traz segurança e tranqüilidade com relação ao futuro da defesa tricolor. Um novo xerife, ou quase...

Outros destaques positivos pra noite de hoje, a meu ver, são Hugo e Éder Luís. O primeiro, por razões óbvias. Apesar de não ter feito grande partida, criou boas opções de ataque, chances de gol, executou com maestria uma bela bicicleta (tinha de ter sido gol!!) e fechou sua atuação com um gol no melhor estilo europeu: uma bomba com efeito, lançada de lá do meio da rua no ângulo direito do goleiro do Figueirense - indefensável! Gol este que, por sinal, cravou o empate do São Paulo. Já Éder Luís não teve tanto tempo para mostrar serviço, porém deu mobilidade ao setor de meio campo e de ataque, proporcionando maiores opções de jogadas pela frente e mesmo dentro da área adversária.

Richarlyson, Zé Luís, Rogério e Joilson não comprometeram e, apesar de um deslize aqui e acolá (principalmente de Zé Luís), fizeram uma boa partida. Já Jorge Wagner que, rodadas atrás eu havia criticado muito e depois voltei um pouco atrás, não apresentou metade de seu futebol. Novamente, penso em campo, não domina uma bola com o pé direito e, com excessão a um único lance (um cruzamento, que não deu em nada), mal utiliza o pé direito para um mísero passe. É canhoto, mas Hugo e Richarlyson também são e sabem utilizar, ao menos pra fazer um "arroz com feijão", o pé direito. Me incomodo bastante com isso e não é por pouco, afinal, se o meia/ala utilizasse seu pé direito mais vezes, ao menos pra jogadas simples, nosso jogo não voltaria tantas vezes do ataque pra defesa (pois não toca com a direita, então recua a bola com o "pé bom"). Além de perder boas chances de arrematar pro gol com a direita.

Do outro lado da moeda (literalmente), na lateral direita, Éder não vem me agradando. Jogador pesado e lento, não apóia bem o ataque e não vem executando bem a cobertura e marcação no setor defensivo. Infelizmente, se assim continuar, logo logo conquista cadeira cativa, no banco.

Mas a "medalha" pra pior atuação hoje, sem dúvida alguma, vai para Aloísio. Este sujeito, que eu particularmente gosto bastante, não vem jogando bola há um bom tempo. Sem considerarmos a única boa jogada do "homem de referência" do atual ataque tricolor na partida (quando ajeitou, dentro da área, com o peito, uma bola para Dagoberto bater em cima do goleiro), não fez nada na partida, além de errar (e feio). Em um de seus erros, após a bela bicicleta de Hugo, pegou o rebote, chutou a bola com o tornozelo (perdeu o tempo da bola) e achou que entraria assim mesmo, até a bola ser salva por um zagueiro catarinense. No outro momento, teve incrível chance para bater a gol e preferiu, após ajeitar a bola pro pé direito, dar um corte no zagueiro que vinha roubar a bola. Resultado: perdeu a bola e a grande chance de gol. Não é de hoje, mas agora com a chegada de André Lima (com sede de gols nos treinos) e a volta de Borges (espero que breve), vai perder de vez a vaga no time titular. Não tenho dúvidas.

De qualquer maneira, com os reforços que vieram e logo devem estrear, talvez já contra o Vasco, e os jogadores que se recuperam de contusões (Miranda e Borges), confio na caminhada do Tricolor rumo ao Hexa e à vaga na Libertadores-09. Se o futebol apresentado pela maior parte da equipe se repetir e nossos homens de frente tiverem (ou mantiverem) os pés calibrados, a tendência é continuarmos em ascenção. Hoje, perdemos a chance de figurar no pelotão de frente do nacional, mas o empate nos possibilitou continuarmos colados nos líderes. A hora é de continuarmos torcendo e mantermos as expectativas, pois agora em agosto muita coisa muda com a janela européia se encerrando e jogadores dando adeus às suas equipes. Se vier o tão cobiçado "meia-de-armação" que tanto esperamos este ano (e ano passado), acredito que temos tudo pra atropelarmos no segundo turno.

Vamos São Paulo! Eu te amo, Tricolor!

Obrigado a todos.

24.7.08

Perder, um perde... Mas, de que forma?

Saudações, tricolores! Hoje, mais um post em busca de explicações e razões para a derrota por 2x0 ante o Internacional. Lamentações e críticas, sim, afinal eu também sou torcedor. Mas vamos lá, na busca por um raciocínio lógico e coerente. Desde já, obrigado a todos pela visita!

Mas que preocupante, não?! Pode parecer exagero, mas creio não ser o único que se preocupa demasiadamente com as derrotas mais recentes. Digo-vos por que. Não é uma mera questão de perder, vencer ou empatar, mas sim, de como estas coisas acontecem. Qual a tônica dos jogos, o que podemos ver e esperar do time, o que nos faz acreditar, ou não, em uma boa temporada (além de apresentações isoladas).

Na partida da noite de ontem, São Paulo FC e Internacional de Porto Alegre fizeram um dos jogos mais travados e feios que já assisti no campeonato brasileiro de 2008. Não, não estou falando isto pelo placar, não! “Longe de mim estar incomodado apenas por isto. É bem verdade que as derrotas são sempre ruins, porém o que mais me foi desagradável foi o futebol apresentado pelas equipes, em especial o péssimo futebol da equipe tricolor.

É mister ressaltar que peças importantíssimas do elenco desfalcaram o São Paulo no jogo de ontem: Miranda e Borges estão contundidos, em processo de recuperação por, pelo menos, mais 3 semanas; Alex Silva e Hernanes estão com a seleção olímpica, em busca da inédita medalha nos jogos de Pequim. Porém, isto não é justificativa para más atuações de um grupo que treina junto quase todos os dias, se conhece há anos (alguns apenas dias ou meses) e só fazem isto da vida: jogar futebol.

Tudo bem, eu sou o primeiro a admitir que a vida seja feita de altos e baixos e que têm dias em que não acordamos bem – ou de saúde, ou de espírito. Não somos máquinas programadas para executar tarefas com preciosa exatidão e eficiência, contudo não posso ignorar que, quando exercemos determinada atividade como nossa principal atividade, devemos estar sempre prontos e preparados para que, no coletivo, os problemas individuais sejam menos relevantes.

Ontem, minha indignação se fez surgir por problemas que considero quase-crônicos no elenco são-paulino. Primeiramente, o problema arrastado desde janeiro de 2007: não temos um meia que dê qualidade ao passe de bola no meio de campo, ligando defesa e ataque (que saudades do Danilo). Este fator já esgotou a paciência de qualquer são-paulino que acompanhe às partidas do time, e eu não sou diferente. Enquanto não tivermos um jogador que cadencie a bola no setor, visualize o jogo e as opções, acalme o jogo, valorize a posse e que sirva com passes, lançamentos e cruzamentos precisos a seus companheiros, nosso meio de campo terá apenas uma função: marcar o time adversário. O assunto cansa, mas cansa mais assistir a um jogo e sentir a falta disso.

Segundo ponto (problema): Juninho não é zagueiro pro São Paulo FC. Infelizmente, pode até ser uma questão de falta de ritmo, falta de partidas, mas não dá pra confiar no cara “nem que a vaca tussa”. Não tem tempo de bola, perde muito facilmente numa corrida e é facilmente levado por um jogador (qualquer) minimamente habilidoso. No jogo de ontem, foi por ele que passou a bola, que sobrou pra Nilmar (ótimo atacante, diga-se) empurrar para as redes. Eu desejo que ele me cale e reverta a situação, mas já não espero muito isso não.

Terceiro: Jorge Wagner não está em um bom ano. Não é um problema crônico, não. Sei muito bem disso. Mas seu rendimento em 2008 está muito baixo, não somente pro seu padrão, mas com relação a seu aproveitamento mesmo. Percebo muita paciência e confiança de grande parte da torcida e de nosso técnico, Muricy Ramalho, para com ele, porém há tempos (este ano) que venho observando certas coisas. O ex-jogador do Internacional não sabe jogar com o pé direito, nem pra dominar a bola, quanto menos fazer passes, cruzamentos, lançamentos e chutes a gol. Tudo bem, admito que ele deu belas assistências nos últimos jogos (inclusive no gol mal anulado da partida de ontem), porém se contarmos quantos passes mal executados (isso é fundamento básico), quantas oportunidades de chute a gol que ele deixa de tentar, quantos escanteios mal batidos (sempre no primeiro-pau ou pra longe da área), é algo de me dar desespero. Além destes problemas, JW não tem velocidade (mesmo não sendo meia de cadência) e quando tem de assumir postura defensiva na marcação, sempre, ou quase sempre, perde na corrida pro adversário, pois não tem nem pique nem explosão. Júnior não vem em boa fase há mais de ano, então não seria opção viável, a meu ver, porém o garoto Alex Cazumba parece ser uma ótima opção para o setor, pois dá muita movimentação e tem bom passe e cruza e lança bem.

Quarto problema: nossa lateral direita é uma coisa misteriosa mesmo. Desde a saída de Cicinho, a queda tem sido constante ano a ano. 2006 foi o ano em que Ilsinho assumiu a lateral/ala direita. Um belo jogador, porém não tão bom (eficiente) quanto seu antecessor. No segundo semestre, Souza assumiu a posição, como “coringa” e desempenhou-a muito bem, conquistando o título de melhor lateral do torneio nacional. Em 2007, foi a vez da bagunça estabelecida. Souza foi pro meio-de-campo (origem) e tivemos o zagueiro Breno, revezando com Alex Silva ou até André Dias, a função de lateral direito, num 3-5-2 mutável para 4-4-2. Isto, também, em razão das sérias contusões de Reasco (contratado em 2006, após a Copa do Mundo, já dispensado, de volta à LDU para a disputa do Mundial Interclubes). Em 2008, nossa diretoria trouxe reforços para o setor como Jancarlos e Éder, além de Joilson. Acontece que o primeiro não correspondeu às expectativas de maneira alguma. Não é marcador e nem apóia o ataque devidamente. Toda jogada ofensiva contra o São Paulo pelo lado direito da zaga é certeza que chegará perto da área, em compensação quando a bola é do São Paulo, o campo fica penso para a esquerda e Jancarlos some de vez na partida. Já, Éder mostrou força, poder de marcação e bom toque, porém uma certa lentidão com e sem a bola, o que fez que perdesse lugar para Jancarlos. Já Joilson, chegou como destaque botafoguense no brasileiro passado e demorou a engrenar no Tricolor. Quando subiu de produção, foi ao ser adaptado como meia/volante pela direita, e não como lateral, ou seja, laterais de confiança não temos, pois o jovem Rafael não inspira isso, não ainda. Além do mais, surgiram informações que dão conta de que Jancarlos estaria sendo negociado com o Fluminense (a que valores, não sei).

Em suma, são diversos problemas a serem consertados. Jogadores que demoraram a engrenar na equipe subiram de produção (Dagoberto e Joilson), outros voltaram a ter baixo rendimento (Hugo), outros recuperaram a boa forma apesar de certos exageros e firulas desnecessárias (Richarlyson). Mas se o futebol continuar neste nível, será complicado levantarmos alguma taça este ano. Temos duas possibilidades: o Hexa nacional e a inédita Sul-americano. Qual você prefere? Ou então, basta, pra você, a vaga na Libertadores-09? A janela européia está no fim, agosto está aí, será que vem um meia pro time? Será que algum de nossos jogadores vai sair (Hernanes e Alex Silva são os mais cotados)?

Eu sempre acredito e torço, mas sinceramente, não estou muito confiante, mesmo com as recentes vitórias. Foram 3 vitórias, duas convincentes e uma no aperto: assim como haviam sido a seqüenciadas sobre Atlético Mineiro, Flamengo e Sport. Mas depois daquelas três, tivemos um empate em casa contra o Ipatinga! Desta vez, o adversário foi o Internacional, muito mais qualificado e mais forte, e jogamos como visitantes, mas – apesar dos méritos da equipe gaúcha – o futebol tricolor desapareceu e se mascarou sob si mesmo. É o que sempre me preocupa. Perder faz parte, pois não jogamos sozinhos e os adversários também se preparam pra vencer, mas perder como perdemos é lamentável e preocupante.

De qualquer forma, Vamos São Paulo!!

21.7.08

Força, Tricolor!

Bem vindos, caros amigos tricolores! Hoje, um post dedicado apenas a uma breve reflexão sobre o comportamento do nosso São Paulo no atual brasileiro e o que espero para o andamento da competição e da temporada.

Novamente, revivendo o prazer e me deliciando com o gosto da vitória. O sabor aconchegante e doce da vitória. Porém, cabe sempre a pergunta: até quando este gosto será presente na boca?

Estou apenas questionando isto por me ver intrigado com o que há muito pouco, em uma coluna, li. Trata-se de um texto do jornalista e comentarista esportivo André Rizek, no qual Rizek utiliza-se de termo um tanto quanto forte e inadequado, a meu ver, porém para descrever um fenômeno interessantemente triste: “um time vagabundo”. Após belas e importantíssimas vitórias sobre Palmeiras (arqui-rival) e Vitória, o São Paulo FC parece se encontrar em um estado de relaxamento tal que chega a ser sempre preocupante e caracterizar um time conformado.

(imagem: "a Dama e o Vagabundo" - Walt Disney)
Neste último domingo, o SPFC venceu o Botafogo do Rio de Janeiro em placar apertado (2x1) em casa. Porém, o placar não explica como foi o jogo em si, mas sim, apenas, denota o vencedor da partida, para os que gostam de resultados e dados estatísticos. A qualquer um que pôde acompanhar a partida, seja no estádio, televisão, rádio ou mesmo virtualmente, pela internet, ficou nítido que o futebol apresentado pela equipe tricolor não foi dos mais convincentes. Depois de um início forte, no qual conquistou 3 escanteios seguidos com menos de 5 minutos de jogo, e mais algumas outras jogadas ofensivas, o time paulista não criou muito e viu o jogo ficar parelho. Felizmente, após bela (belíssima, digo) tabela no meio de campo entre Jorge Wagner, Éder Luís, Jorge Wagner (novamente) e Alex Cazumba, nosso lateral esquerdo (jovem, veloz e com bom poder ofensivo) foi derrubado na área pelo goleiro botafoguense, o uruguaio Castillo, e o juiz assinalou pênalti. Rogério Ceni foi pra bola e converteu a chance em gol em impecável cobrança, assinalando assim um gol importante da história do campeonato brasileiro (o de número 1500 do clube paulista, o primeiro clube a chegar a tal marca).

Do mais, o que se viu foi o time carioca oferecer alguns lances de perigo e só. No segundo tempo, na casa dos 30’ o visitante empatou a partida com o polêmico e instável jogador Carlos Alberto. O meia (ex-Corinthians, ex-Fluminense, ex-São Paulo, hoje no Botafogo, emprestado pelo Werder Bremen) anotou um gol e comemorou como se tivesse uma imensa paixão pelo clube carioca (? – não entendi ainda). Apenas nos minutos finais, Dagoberto conseguiu colocar a cabeça na bola, depois de jogada de Aloísio à direita da pequena área de Castillo, que jogou a bola no pé de J. Wagner que cruzou perfeitamente. Durante o segundo tempo, o domínio do jogo foi pleno do Botafogo. O Tricolor apenas assustou com alguns cabeceios (um deles na trave, por Zé Luis) e chutes de média e curta-distância, mas ainda no primeiro tempo da partida.

A vitória é importantíssima e, somada ao golpe da equipe do Vitória sobre o Flamengo, aproximou os 6 primeiros colocados de vez na pontuação. O Flamengo não tem mais de 3 pontos em relação ao 5 colocado (SPFC), e apenas 4 pontos em relação ao 6º (Palmeiras). O bolo aumentou e as chances e expectativas também. O sonho do hexa não é só possível, mas mais do que nunca, absolutamente real e forte, porém, como alertou Rizek, o Tricolor tem de acordar e não apenas abrir os olhos por 5 minutos. Fato é que somamos pontos sobre as mais fortes equipes da competição, com vitórias mais do que convincentes, exceto contra o Cruzeiro (apenas um empate), contudo perdemos pontos frente a adversários mais fracos (Ipatinga e Náutico – ambos, em casa).

É mais do que essencial e de tremenda importância que o pique não se esvaeça, a confiança aumente e a vontade se prolongue, pois sem um destes elementos, não vejo grandes chances de alcançarmos o inédito e sonhado Hexa. Será que contra o Internacional (adversário forte, mas não está tão bem na tabela) o São Paulo apresentará novamente futebol burocrático e sem criatividade, acuado e sem grande poder agressivo? Ou então veremos um São Paulo mais maduro e firme em suas investidas, em prol de mais uma importante vitória, a primeira seqüência “quádrupla”? O que você pensa disso, caro leitor?

Ah, apenas pra concluir, com um ar mais otimista, hoje nos treinos do Tricolor, o recém contratado por empréstimo, André Lima, foi estrela em jogo-treino amistoso contra o “Pão de Açúcar”. Na vitória por 7x0, o atacante (ex-Botafogo) marcou 4 gols, seguido por Roni (que fez 2, também atacante, de 17 anos) e o volante Wellington (1 gol). Com a volta de Borges (goleador-nato, a meu ver), uma superação de Aloísio “Chulapa”, a reação à fase de jejum de Dagoberto, o amadurecimento de Éder Luís na equipe, parece que nosso treinador terá dores de cabeça (graças!). Além, é claro, da dupla “Rodrigo e Anderson” na zaga, que têm tudo para substituir a possível e provável saída de Alex Silva (espero que só ele, pois Miranda é muito importante à equipe e espero ver André Dias mantido na equipe titular).

Parece, então, que um novo São Paulo está se formando, com novas bases, nova estrutura - e um velho e comum hábito se aproxima: o de erguer taças.

Desperte, Dragão!
Pra cima do Internacional, vamos São Paulo!
Em busca do Hexa, me chama que eu vou.

Obrigado e, a todos, um forte abraço!

19.7.08

Futuro: a Curto e Longo Prazo

Saudações, amigos e irmãos tricolores! Estou aqui, mais uma vez, para falar um pouquinho sobre o nosso amado e glorioso Tricolor Paulista. Em um momento favorável, é bem verdade, no qual as expectativas sobre um bom futuro só tendem a aumentar.

É chegada a hora de mostrar como se configura um vencedor. Domingo, contra o Botafogo de Futebol e Regatas, nosso amado Tricolor terá a missão de se portar como um verdadeiro time que almeja ser campeão. Honrar as últimas cinco conquistas do clube (especialmente), provar por “A mais B” o porquê de ser o atual bicampeão brasileiro, único pentacampeão nacional.

É num momento deste em que podemos ver quem é quem e quem está para o quê (assim como no ano passado). A campanha no atual nacional ainda deixa a desejar em termos de pontuação, afinal de contas, foram 5 empates e 5 vitórias, além de 2 derrotas. Sejamos justos então: não é uma má campanha, afinal, perder apenas dois jogos não é qualquer um. Perdemos menos que o 4º colocado Palmeiras (3 derrotas) e o 5º Vitória (4 derrotas). Porém, não podemos nos iludir, pois o número de empates é altíssimo e, pior, foram contra adversários de nível consideravelmente fracos: Ipatinga, Coritiba e Atlético Paranaense; excluindo desta lista o empate com o Cruzeiro (segundo colocado) e o Santos (que, apesar da péssima fase, é rival tradicionalíssimo). Mas como queremos ser justos (certo?) não podemos ocultar contra quem foram as vitórias: Flamengo (líder), Palmeiras, Vitória, Sport e Atlético Mineiro.

Fato é que, as derrotas para Grêmio e Náutico foram sentidas, mas não creio que serão determinantes no restante do torneio, afinal, o líder Flamengo também perdeu 2 partidas. Os empates mostraram certa fraqueza ou falta de foco em determinados momentos: no início da competição, era o foco na Libertadores; os mais recentes, o baque pós-eliminação e a falta de atenção. Porém, as vitórias do Tricolor no campeonato mostraram que em momentos decisivos deste tipo de competição, o São Paulo tem na equipe e técnico fortes aliados em prol de um mesmo objetivo. O SPFC sabe disputar torneios como este e, agora, parece que encontrou diferentes padrões táticos de jogo que são muito interessantes e confundem os adversários. Com bola, um comportamento, sem bola outro. Porém, tanto na vitória ou no empate como na derrota, o objetivo é ambicioso, gols e mais gols sem deixar-se desprotegido na retaguarda.

Então, domingo agora, não pode haver vacilo. O jogo será em casa, no Morumbi que, apesar de raramente lotar (infelizmente existem fatores que afastam o torcedor tricolor do estádio, além de sua tradicional forma de apoiar o time apenas nos bons momentos), é o terreno que nossos jogadores melhor conhecem. Além do que, é o palco que já serviu a grandes conquistas e algumas das vitórias mais importantes do São Paulo FC. Sem contar que, convenhamos, será uma beleza vencer a atual equipe de Carlos Alberto, encrenqueiro e mal agradecido. Ambas as equipes vem de duas vitórias importantes: para o SPFC, pois significa a ascensão ao G4 e a recuperação da confiança; por outro lado, para o Botafogo, pois o time carioca ocupava posição desconfortável na zona de rebaixamento e, com a troca de técnico (saiu Cuca, entrou Ney Franco), o time ganhou novo espírito e força pro restante do torneio.

Outro ponto que torna este jogo de suma importância concerne em nossos desfalques para a partida: Richarlyson e Joilson. O primeiro por sua evolução nas últimas partidas e sua importância para a equipe, dando bastante tranqüilidade ao setor defensivo pela esquerda. O segundo, por sua ascensão durante o campeonato brasileiro, responsável por dar maior qualidade à posse de bola da equipe pelo lado direito, além de contribuir com Hernanes por aquele setor se tornar mais efetivo também no aspecto defensivo. Assim sendo, a dificuldade do jogo o torna mais importante, além de todo o contexto em que está envolto.

Minhas expectativas com relação ao futuro da equipe são das mais positivas. Como ressaltei no meu último post, jogadores que não vinham atuando bem há algum tempo ou, a meu ver, ainda não tinham mostrado serviço com a camisa tricolor despertaram junto do resto da equipe. Em momento oportuno se deu tal despertar e que representa, não somente individualmente, mas um crescimento de toda a equipe para novas formas de se apresentar em campo tática e tecnicamente.

Apesar de a diretoria não ter, ainda, contratado jogador nenhum para suprir a maior carência do elenco (desde a saída de Danilo para o futebol japonês), alguns novos reforços chegaram e, com certeza, serão de extrema importância para o prosseguimento da temporada e também pra seguinte, principalmente após o período da janela européia e as Olimpíadas de Pequim. Rodrigo e Anderson vieram pra recompor a defesa que deve sofrer ao menos uma perda: provavelmente, Alex Silva. Dois zagueiros de grande qualidade e com um currículo rico dentro do futebol nacional, um pelo São Paulo FC e o outro pelo SC Corinthians Paulista.

O outro reforço é do atacante André Lima, vindo do Hertha Berlim da Alemanha. Foi destaque pelo Botafogo no campeonato carioca do ano passado e no começo do brasileiro despontou na artilharia da equipe, tendo sido um dos artilheiros da equipe durante a competição, mesmo tendo se transferido no meio do ano para o time alemão. Ou seja, mesmo tendo tido grandes apresentações por parte de nossos atuais atacantes (quando não é Borges, Éder Luís e Dagoberto agora voltaram a encontrar o caminho das redes), temos a certeza de que opções não faltarão para Muricy Ramalho, que ainda conta com Aloísio e com o novato Pablo.

Não sabemos se virá algum reforço para a esperada camisa 10, deixava vazia por Adriano que, por ser atacante, não era jogador para tal camisa, no “sentido tradicional” da coisa. Aguardamos a conclusão de algum dos boatos e torcemos com força para que venha tal jogador, assim como será preciso, provavelmente, caso se concretize a saída de Hernanes para o futebol europeu, a contratação de mais um (sim, mais um!) volante. Isto é, se não for possível ao nosso técnico aproveitar alguma “prata-da-casa”.













É isso aí, nação Tricolor! O futuro promete, o Hexa volta a se tornar visível e as esperanças se renovam. Acreditem também, pois Jezus tem fé, sempre, no Time da Fé.

Um forte abraço a todos e um ótimo fim de semana!

Vamos São Paulo, Vamos São Paulo, Vamos Ser Campeão! (com licença-poética)

17.7.08

Vitória é Tricolor

Saudações, caros tricolores! Com o perdão do trocadilho, é impossível não estar minimamente esperançoso quanto ao futuro do Pentacampeão brasileiro para o resto da temporada, não? Bem, lá vai mais um capítulo da Bíblia!!

-Que tal uma bela caneca de 'cale essa maldita boca'?"
- "Pense antes de falar algo estúpido!

Há alguns dias, estava eu, aqui mesmo, escrevendo na Bíblia Tricolor sobre alguns nomes que não vinham me agradando, que não tinham espaço no time e que não justificaram, ainda, suas contratações. Pois é, parece que o destino gosta mesmo de nos pregar peças ou, ao menos, nos calar momentaneamente. Cerca de 2h atrás, nosso amado Tricolor saiu de campo vitorioso, como visitante (no Estádio Barradão - Salvador), sobre o Vitória da Bahia.

Em uma partida tranqüila, o São Paulo impôs seu ritmo de jogo na casa do adversário após abrir o placar aos 12 minutos de jogo em bela cabeçada de Hugo. Até então, o jogo estava nas mãos do rápido e irreverente Vitória (aliás, eu nunca havia reparado antes: como o escudo do time soteropolitano se parece com o do Fluminense!). Após belo cruzamento de Hernanes, o meio-campista subiu bem (e sozinho) no meio da área adversária, cabeceou firme e forte no chão, fazendo a bola quicar na frente do goleiro Viáfira e ir para as redes. Vale lembrar que logo no início da partida, o Vitória teve um gol anulado, pois a bola “teria saído” pela linha de fundo antes de cruzamento.

Daí pra frente, o que se viu foi um domínio do jogo por parte do time paulista. Cadenciando o jogo através de forte marcação (sem bola) no setor de meio-campo e rápidos contra-ataques comandados por Dagoberto e Éder Luís. Miranda, por incrível que pareça, novamente não foi desfalque sensível, tal como André Dias, que, substituído por Juninho, apenas fez falta em certos momentos que este último bateu cabeça e se perdeu no posicionamento (apenas no primeiro tempo). Atuaram na zaga, Alex Silva, Juninho e Zé Luís (pela direita, dando cobertura a Joilson). O time baiano tentava impor sua correria e bom toque de bola, mas acabava neutralizado pela forte marcação tricolor.

A tônica do jogo foi praticamente esta até o fim da partida, quando, nos 28’ do segundo tempo, Dagoberto fez bela jogada pela esquerda da área adversária e arrematou, ampliando a vantagem para 2x0. Eis que, quando o Vitória tentava esboçar alguma reação, Éder Luís aproveitou contra-ataque iniciado em corte feito por Hernanes e passe de Jorge Wagner, e arrancou em velocidade pelo meio, cortou o primeiro marcador, adiantou a bola e ganhou na corrida do beque; cara a cara com o goleiro, não decepcionou, mandando a bola pro fundo da rede e saindo pro abraço. Um golaço, daqueles que não costumam acontecer todo dia. 35’ do segundo-tempo, 3x0 e o Vitória já estava liquidado. Aos 45’ conseguiram diminuir em jogada pela linha de fundo, mas já era tarde e este gol apenas significou um placar menos elástico e um saldo de gols menos expressivo para o São Paulo. Final de jogo: São Paulo 3x1 Vitória.

Ainda tivemos a presença estreante do atacante Pablo que, ao entrar, além de dar sangue novo ao Tricolor, mostrou habilidade e deixou “gostinho de quero mais” pra torcida.

A meu ver, a vitória sobre o Palmeiras no domingo encheu o elenco de moral e confiança e, hoje, vencer o Vitória foi quase que algo natural. Sem desmerecer a equipe baiana, o Tricolor possui elenco de maior qualidade e vencer um clássico estadual como um Choque-Rei dá moral para qualquer time.

Pra melhorar ainda mais a história, hoje (assim como domingo) vi Dagoberto (o qual sempre critico) jogar uma bela partida e ser peça chave no esquema tricolor, tanto nos contra-ataques rápidos (com direito a marcar gol) quanto na marcação da saída de bola adversária. Richarlyson, com exceção à reclamação (justa ou não) com o bandeira (após falta marcada), também teve grande atuação. Jorge Wagner também teve boa atuação, com bons passes e bons desarmes. E Hernanes também não desapontou, fez uma bela partida como volante e deu belíssimo passe (cruzamento) para o primeiro gol. O único criticado (dias atrás) que não atuou hoje foi Aloísio, mas que apesar de não ter feito bela partida contra o Palmeiras, procurou mais o jogo e não ficou na mera função de “pivô”.

Estou esperançoso e os boatos que surgem todo dia dão conta de que o São Paulo está, mesmo, buscando alternativas para reforçar a equipe. Que seja D’Alessandro ou Daniel Carvalho (as mais recentes especulações), contanto que venha um meia, a torcida agradece.

Sem mais, um forte abraço a todos e obrigado pela “audiência” e comentários!

15.7.08

Contra o Palmeiras é Sempre Mais Emocionante

Saudações, nação Tricolor!

Ah, mas como é bom escrever sobre o Tricolor, especialmente após uma vitória, e melhor ainda, sobre o qual considero ser o maior rival do São Paulo FC: o Palmeiras. Não, não é uma mera questão futebolística, mas histórica, política e social. As duas equipes travaram batalhas e mais batalhas, dentro e fora de campo, além das tristes confusões e brigas entre torcedores, algumas delas resultando em mortes. O Palmeiras foi o primeiro grande rival do tricolor no cenário futebolístico e esta rivalidade se estendeu pra fora dos campos ainda nos tempos em que o time do Parque Antártica era o velho “Palestra Itália”.*

O velho clássico recebeu o apelido de Choque-Rei.

Mais recentemente esta rivalidade foi apimentada e muito elevada devido a acontecimentos no campeonato Paulista. No primeiro jogo, durante a primeira fase ainda, o Palmeiras goleou o São Paulo por 4x1, em placar que não refletiu a partida: 3 gols do Palmeiras foram por pênaltis infantis em lances isolados. O atacante Kleber (ex-São Paulo, hoje no Palmeiras) foi um dos que fizeram com que o clima do clássico se tornasse mais intenso, ao acertar uma cotovelada desleal no zagueiro tricolor André Dias e não ser punido com isso, fazendo, então, um belo gol (levando o Palmeiras ao empate, pois o SPFC saiu vencendo). Outra figura foi Denílson (ex-ponta esquerda do SPFC) que entrou no decorrer da partida e teve a chance de bater um dos três pênaltis convertidos pelo Palmeiras, e afirmou que o time do Morumbi não lhe deu o devido valor (para que ele voltasse ao clube).

A coisa esquentou mais ainda nas semifinais. No primeiro, o Tricolor saiu vitorioso em bela partida feita no Morumbi. Com todas as honras, o SPFC bateu o time alviverde por 2x1, com direito a um polêmico gol de mão feito por Adriano Imperador. A segunda partida ainda reservaria polêmicas maiores. Primeiramente, no intervalo da partida, os jogadores do Tricolor não puderam se concentrar no vestiário cedido à equipe, pois este estava infestado com algum tipo de gás (falou-se muito em gás-pimenta). Não foi provado, até hoje, quem teriam sido os verdadeiros culpados, porém a diretoria do Palmeiras foi punida por não ter evitado tal incidente. Outro ponto negativo da partida foi a súbita queda de energia durante os últimos minutos do segundo tempo, o que também pareceu sabotagem contra o time do Morumbi. Porém, de qualquer forma, o Palmeiras apresentou melhor futebol durante o jogo e saiu merecedor da vitória por 2x0, que os levou, assim, à final do campeonato estadual (que venceriam dias depois em duas vitórias incontestáveis contra a Ponte Preta).

Meses correram e as equipes se reencontraram no campeonato Brasileiro. O Palmeiras vinha de posição mais confortável na tabela, com 4 pontos a mais que o Tricolor, porém com uma fase, até agora, ruim de sua principal estrela (Valdívia), que não apresentou (por sinal) bom futebol em nenhuma partida contra o São Paulo neste ano. Era a hora de o São Paulo FC mostrar sua força e o porquê de seu prestígio, pois vinha de uma série muito longa de empates dentro e fora de casa, e precisava da vitória para elevar o moral.

Foi uma partida muito desigual (bom para nós!). No primeiro tempo inteiro, o São Paulo foi senhor da bola e não deu chances ao tradicional time da colônia italiana. Ataques e mais ataques sufocavam a defesa palmeirense, até que em belo passe de direita do canhoto Jorge Wagner, André Dias aproveitou-se da falha do goleiro Marcos e empurrou a bola para as redes. A vibração na comemoração foi intensa, algo que soava como um desabafo, um revide contra o time do Palmeiras. Este primeiro gol saiu logo nos primeiros 7 minutos de jogo, e o resto do primeiro tempo não foi diferente. Só dava São Paulo FC no ataque. Um Palmeiras acuado e nervoso, sem expressão e sem saídas de bola. O segundo tempo foi um pouco mais equilibrado, porém o Tricolor continuou superior e, após segundos da substituição de Éder Luís, tirando Dagoberto (que fez, diga-se de passagem, ótima partida), o atacante vindo do Atlético Mineiro fez bela jogada pela lateral direita com Joilson e Jorge Wagner. Numa bela troca de passes, Éder Luís chegou frente à pequena área e em chute desviado, ampliou o placar.

Durante a partida, ainda, Borges sofreu lesão no braço esquerda (luxação no cotovelo) após uma queda feia e foi substituído por Aloísio. O goleador do Tricolor na competição ficará fora por cerca de 1 mês. Aloísio não apresentou grande futebol, apesar da vontade, e ainda foi premiado com cartão amarelo devido à reclamação com a arbitragem (cartão, este, que tira Aloísio do jogo contra o Vitória da Bahia). André Dias também estará fora do jogo em Salvador, devido ao terceiro cartão amarelo. Além deles, o preparador físico Carlinhos Neves se envolveu em discussão com o auxiliar e acabou expulso de campo. Nos minutos finais, o Palmeiras ainda conseguiu um escanteio e marcou de cabeça. Infelizmente, Ceni que pouco trabalhou (apesar de ter feito belas defesas) na partida, saiu mal no primeiro pau e não encontrou nada, além da bola nas redes, aos 47’ do segundo tempo. Placar final: SPFC 2x1 SEP.

Foi uma vitória justíssima e que trouxe mais confiança ao elenco Tricolor. Jogadores que não vinham atuando bem e outros que, a meu ver, não justificaram ainda os esforços do SPFC em suas contratações, fizeram ótima partida. É bom ver um São Paulo com ritmo de jogo intenso, cadenciando na hora certa (mesmo sem o “meia-de-armação”), controle de bola, passes precisos e zaga forte (mesmo com o desfalque de Miranda, contundido e em recuperação por pelo menos 1 mês ainda). Foi também, e é importante ressaltar, uma bela partida para o técnico Muricy Ramalho, que neutralizou taticamente as principais jogadas (e alterações) organizadas por Vanderlei Luxemburgo.

Agora torcemos por novas apresentações deste nível (ou superior) e por novas contratações para reforçar o elenco do São Paulo que, apesar de ter qualidade, é carente e enxuto. Que as boas apresentações sirvam de inspiração e tragam confiança ao time, mas que não apaguem as necessidades do clube e ocultem os erros recentes.

Um forte abraço a todos!


* Ler post Ser São Paulino, que traz um pouco da história dos grandes clubes de SP.

10.7.08

Sobre personagens e fatos

Saudações, irmãos e irmãs tricolores! Sejam bem-vindos novamente.

Peço-vos desculpas por meu sumiço do blog por tanto tempo. Fiquei afastado por duas razões. A primeira é porque recentemente houve uma pane geral no sistema de internet da Telefônica que afetou todo o estado de São Paulo. A outra razão é que, além disso, eu não estive muito inspirado nem motivado a escrever algo sobre o SPFC. Mas enfim, aqui estou, aqui vos escreverei.

Bem, acabo de assistir a um jogo do Tricolor: derrota de virada, por 2x1, para o Náutico, no Recife. É a segunda derrota do SPFC no campeonato Brasileiro deste ano apenas; a primeira foi na estréia (em casa) contra o Grêmio. Além destes dois jogos, foram 3 vitórias e 5 empates. A campanha é pífia até agora para o atual bi-campeão nacional e, creio, tem suas razões. Eis:

1. Do fim do ano passado pro começo deste ano, o SPFC perdeu peças importantes de seu elenco (Breno, Leandro e Souza são os primeiros nomes que me vêm à cabeça, dentre outros). As reposições não vieram à altura ou não atingiram às espectativas. Mesmo com a vinda de Adriano (que fez muitos gols), o Tricolor não engrenou e foi eliminado no Paulista e Libertadores. Aliás, a vinda do Imperador foi benéfica (mesmo!), apenas ao Imperador, diga-se de passagem. Seis meses e o time não encaixou um bom futebol (salvo em algumas partidas isoladas);

2. Estamos em julho, assim, a janela de transferências de jogadores para a Europa está aberta e as expeculações são diversas. Devemos perder algumas peças importantes, como Alex Silva, Hernanes e, talvez (a que mais lamento), Miranda. Não é à toa, tanto que Muricy Ramalho citou em recente entrevista, tais especulações tiram o foco de jogadores, principalmente os mais inexperientes (caso dos dois primeiros), que estão "com a cabeça na lua" e esquecendo o futebol que os tornou grandes jogadores;

3. Parte da culpa por baixo rendimento em jogo e pouca variação tática pode ser atribuida ao técnico (dizem muitos), porém creio que grande parte disso se deve, principalmente, a outro fator. Estive pensando a respeito do relacionamento do técnico Tricolor (que, pra mim é tricolor de coração) com o atual presidente, Juvenal Juvêncio. É bem verdade que membros da alta cúpula são-paulina são contra a presença do técnico no time, assim como é bem verdade que Juvêncio o mantenha no cargo com bastante segurança, sem deixar qualquer "bafafá" ameaçar sua permanência. Porém, por outro lado, penso: "Juvenal mantém Muricy no cargo mas não dá apoio nenhum em condições de trabalho, além de apoio psicológico, ou melhor, apoio midiático". O presidente firma palavras de apoio ao técnico perante a imprensa, porém não faz lá grandes esforços (afinal, jogador bixado, machucado, em fim de carreira ou encrenqueiro é fácil contratar... mão no bolso, nem pensar!) pra dar as condições de trabalho necessárias para um técnico. Não contrata as peças que Muricy precisa e pede (leia-se, um meia de armação, qualquer um com um currículo razoável), não gasta um tostão dos milhões que arrecada para trazer peças diversificadas para distintos setores (temos cerca de 6 laterais direitos), dentre outras coisas. Ou seja, é fácil manter um empregado se você não tem altos custos com ele e não lhe dá todo o suporte necessário, nem sequer parte dele. Pagar o salário do profissional é apenas obrigação, então isto não conta. Mas onde está o apoio ao trabalho? O incentivo à conquista? Não existe isso na cúpula Tricolor para com o técnico do time, nem sequer do suposto "admirador" do trabalho de Muricy Ramalho.

Por fim, deste assunto, enquanto a diretoria não apoiar efetivamente o trabalho do treinador, o São Paulo FC estará sujeito à se manter na posição de times medíocres do futebol nacional: entre o 5º e o 16º da tabela.

Outro assunto, que pretendo apenas pincelar, será abordado apenas com algumas questões. Refiro-me a alguns jogadores: Hernanes, Jorge Wagner, Aloísio, Dagoberto e Richarlyson.

1) Hernanes: O que acontece com nosso volante que, talvez pela admiração por Ronaldinho Gaúcho, cisma em efetuar jogadas de efeito, com beleza plástica, em diversos momentos (errados) que o mais apropriado seria um toque curto ou um corte mais seco?

2) Jorge Wagner: Por que nosso ala esquerdo erra tantos passes, não tem a menor qualidade com o pé direito e vai pra direita em diversas situações, é tão lento e tem um baixíssimo número de lançamentos/cruzamentos certeiros (perante o número de tentativas)? Muitos dizem que é um ótimo jogador no quesito assistências. Pode até ser, porém seu aproveitamento é lamentável. A cada dez tentativas, acerta 1, quando muito duas bolas alçadas.

3) Aloísio: Infelizmente, eu, que sou admirador de sua pessoa, não vejo mais futuro para o atacante com a camisa do Tricolor. Será que é tão difícil virar e arriscar um chute pro gol? É tanto preciosismo ou ordem do técnico que o jogador apenas dê o passe pro goleador (Borges, no caso), ajeite a bola e puxe a marcação? Infelizmente, sinceramente, enquanto o futebol do atacante não sair do "burocrático pivô", ou seria melhor um banco ou sua saída do time.

4) Dagoberto: Quem me conhece, sabe que o "atacante" nunca me agradou. Primeiro, porque cresci vendo Müller, Careca, Palhinha, Bebeto, Romário, Evair, Batistuta dentre outros jogadores que, de fato, eram atacantes. Segundo, porque, pra mim, atacante é aquele que ataca, e não o que corre pras pontas, sem objetivo algum, faz meia-dúzia de firulas, perde a bola e se joga no chão. Atacante ataca, ou seja, vai pra cara do gol (e chuta!). Dagoberto não é atacante, que dirá jogador para o São Paulo FC. R$5 milhões (a mais cara transação do SPFC nos últimos anos) jogados no lixo! Por mim, não tem espaço no SPFC e só joga (quando joga) porque as opções são poucas. Há tempos sou a favor de sua saída.

5) Richarlyson: No início do ano, estava perdido. Jogando como lateral-esquerdo chegou à seleção (pra surpresa da nação) e, de perdido, se tornou violento e prepotente. Apresentando um futebol ridículo, de titular se tornou reserva e o mal relacionamento que já tinha com a torcida (mero preconceito) só piorou. Ganhou vaga no banco-de-reservas (finalmente) e nas partidas que entrou, fez boas atuações, com grandes passes para gols importantes. Eis que, por infantilidade, comete falta no jogo de hoje contra o Náutico e recebe seu terceiro cartão amarelo no Brasileiro. Resumindo, fora do próximo jogo (clássico contra o Palmeiras). Moral da história: é bom o camisa 20 colocar a cabeça no lugar de vez por todas, pois, se não é por arrogância ou baixo-rendimento, está prejudicando a si mesmo com lances infelizes e infantis.

Obrigado a todos pela audiência e um ótimo resto de semana.