17.6.08

Obrigado, Imperador. Até a vista!

Satisfeito, saudoso e, ao mesmo tempo, aliviado.

É assim que me sinto ao comentar a saída de Adriano Imperador do time são-paulino. Foram 17 gols em 28 partidas. Não é uma soma astronômica se considerarmos o nome do jogador e sua fama, porém, levando em conta que seu futebol começou a render apenas nas partidas após uma “carcada” que levou do presidente, Juvenal Juvêncio, a média aumenta, e muito!
(foto: Adriano comemora gol na vitória diante do Audax Italiano)
Porém, em contrapartida, ao mesmo tempo em que Adriano nos satisfez com seus gols, levando o São Paulo à semifinal do Paulistão e as quartas da Libertadores, o São Paulo se tornou seu refém. Previsível – de mortal passou a ineficiente o futebol do Penta Campeão de 2007. Todas as jogadas vinham pela esquerda (nos pés de Jorge Wagner) e buscavam a área, pelo alto, em direção à cabeça de Adriano. Quando muito, o atacante da Internazionale voltava até o meio na tentativa de roubar uma bola ou receber um passe para chegar até a área adversária, derrubando quem viesse pela frente em jogadas (legais) de corpo.

Mas sua presença transformou um time solidário para o grupo em um time solidário para um indivíduo. Era o São Paulo FC pelo Adriano, e não o Adriano pelo São Paulo FC. Não que tenha havido algum corpo mole ou falta de entrega por parte do jogador, muito pelo contrário; seria até injusto afirmar isto! Afinal de contas, o jogador buscava sua reabilitação e não media esforços pra isso, consequentemente isso resultava numa tentativa de ajudar a equipe. Porém o time se tornou fraco (em vista e comparação das últimas três temporadas). Alguns afirmavam que era tudo culpa do técnico Muricy Ramalho, "que não treina direito seus times taticamente". Outros alegavam "falta de união" e "excesso de vaidade" no elenco, inclusive dos maiores ídolos do clube (no singular, da história e na atualidade).

Fato é que, parece que automaticamente, após a saída do Imperador, seu afastamento do CT da Barra Funda, o Tricolor reencontrou o caminho das redes pelo chão, na segunda (ou terceira?) partida que fez depois da eliminação na Libertadores. Eu, assim como a maior parcela da torcida são-paulina, sou grato por sua passagem pelo Mais Querido. Desejo sorte em seu retorno à Itália e à seleção canarinho. Mas, de agora em diante, quero continuar vendo o São Paulo que me acostumei a ver: de grupo, solidário e sem maiores estrelas.














Engrosso o coro: JJ, um meia, por favor!! Vi especulação (ainda há pouco) sobre a vinda de Pablo Aimar - meia argentino, ex-River Plate, atualmente está no Real Zaragoza-ESP... Jogador de seleção. Portanto se vier, ótimo! Se não vier, a esperança não se acabará!

Sem mais, Rumo ao Hexa!!

3 comentários:

A L V I C O disse...

o time realmente mudou a forma de jogo sem o imperador, conseguindo aumentar até a média de gols, por enquanto.

vamos ver até o fim do campeonato como fica...

bela análise!

Andrea Kao disse...

O São Paulo não serve para estrelas, ou vice-versa, e sim constelações!!!

Acho que nas equipes estrelares que tivemos, nenhuma teve um brilho individual... E sinceramente, prefiro o conjunto a Super Nova!

Anônimo disse...

Bah! Mas saiu sem despedida nem nada... e eu pensando que ia ser contra o Sport... Auhshuhauuhsa!

Ow.. será que o Pablo será o nosso camisa 10?