29.11.08

A 24 horas - Uma Previsão

A cerca de 24 horas do título, a ansiedade toma conta e parece que as horas se estacionam. Após uma campanha irregular no princípio, o Tricolor despontou à frente do campeonato Brasileiro e hoje é o lidero com 5 pontos de diferença do segundo colocado, Grêmio. São 6 pontos em disputa, portanto, apenas 2 pontos (ou qualquer empate do Grêmio) dão o título ao Tricolor Paulista. Mas não bastam os números concederem ao SPFC a provável faixa de campeão, estes precisam se confirmar em campo e é isto que está fazendo o coração de cada são paulino bater mais forte, mais rápido e mais sincronizado.

Neste momento, são milhões e milhões de tricolores espalhados pelo Brasil, aguardando pela tarde de amanhã, pra soltar de vez o grito de "campeão" e comemorar o título que mais pode representar nos últimos 3 anos o que é o "Clube da Fé". De peito estufado, já vejo os carros a caminho do Morumbi com as bandeiras tricolores expostas nas janelas e vidro traseiro, os ônibus e ruas cheios de torcedores orgulhosos de camisa vestida e bandeiras na mão. É, sim, possível prever o futuro: São Paulo Futebol Clube, hexa campeão brasileiro; três vezes consecutivas; três vezes no Morumbi; três vezes com Rogério Ceni erguendo a taça; três vezes sob o comando de Muricy Ramalho.

Sim, é muito pela história, pela camisa e pelo que representa nossa casa que o SPFC será campeão brasileiro de 2008. Mas é impossível não atrelar esta imensa conquista a duas figuras importantíssimas: Rogério Ceni e Muricy Ramalho. Ambos foram alvos de críticas de uma considerável (menor, mas grande) parcela da torcida são paulina durante o ano de 2008: Rogério Ceni sofreu após a eliminação no Campeonato Paulista, também por uma falha cometida nas semifinais ante o Palmeiras, que resultou no segundo gol (sacramento da classificação) do time do Parque Antártica; já Muricy Ramalho, além deste momento, foi o responsabilizado (por muitos) pela trágica eliminação na Libertadores (pela terceira vez seguida contra times brasileiros) ante o Fluminense. Mas os dois se reergueram e mostraram seu valor perante a torcida mais mal-acostumada (ainda bem!) e mais feliz do Brasil.

Verdade seja dita, Rogério Ceni enterrou há alguns anos a visão de que era um jogador que "tremia" nos momentos decisivos e, agora, Muricy mostra que não são apenas a quebra de tabus positivos que marca sua passagem no Tricolor, e sim quebra tabus negativos. Até 2006, o SPFC nunca havia comemorado um Brasileiro em casa, estamos indo já para o terceiro consecutivo comemorado em casa: se isto não é obra (também) de Muricy, não acho que haja mais o que comentar a respeito dele.

Esperneiem palmeirenses, corinthianos, santistas, flamenguistas, vascaínos (2ª?), fluminenses, gremistas, colorados, botafoguenses, cruzeirenses, atleticanos: O São Paulo é o maior de todos, pois "dentre os grandes, és o primeiro".

O Tricolor ainda não é Hexa, mas apenas um acidente muito grande nos tira este título. Os quase 70 mil torcedores que estarão presentes no Morumbi amanhã, somados a todos os que de longe torcem pelo SPFC em suas casas empurrarão a equipe para mais esta importantíssima e inédita conquista. Eu estarei presente no maior Templo do Futebol das duas últimas décadas: o Cícero Pompeu de Toledo. Minha bandeira está separada, minha camisa também! Falta apenas acostumar o coração com esta sensação de sempre ser O Primeiro! E, isto não acontecerá, pois a cada vez que chegamos lá, a paixão fala por si e nada segura o sentimento.

Vamos São Paulo, Vamos ser "Campeão"!!

25.11.08

E aí vem o Campeão!

Ah, se não fossem os tombos. Tombos doloridos e daqueles que não machucam, mas intimidam. Estalam o corpo todo e nos deixam pesados, a ponto de dar a impressão de que levantar é impossível. São estes tombos mais duros que fazem de um vencedor mais merecedor ainda de suas vitórias, conquistas, honras, glórias e admiração.

Pois estou falando, é claro, do São Paulo Futebol Clube.

Desacreditados, obtivemos uma recuperação de “virtuais” 16 pontos. Quando digo, “virtuais”, o digo, pois tínhamos uma desvantagem com relação ao primeiro colocado no torneio de 11 pontos e hoje temos uma vantagem em 5 pontos. Não é uma recuperação de reais 16 pontos, pois conquistamos muito mais do que isto.

Graças a uma vitória apertada em São Januário sobre o Vasco da Gama e um massacre na Bahia, pelo Vitória em cima do Grêmio, nos deram uma folga de que precisamos apenas de dois empates para sair hexa campeões domingo que vem dia 30 de novembro, no Morumbi. O adversário também é oportuno: Fluminense. O algoz de 2008 será a vítima (esperamos) do dia do Tri, do Hexa, ou como queiramos chamar esta incrível marca alcançada, somente, pelo Tricolor Paulista.

Não pretendo me estender, mas apenas para finalizar, gostaria de recomendar ao torcedor Tricolor que reveja o segundo gol do São Paulo sobre o Vasco no último domingo: a movimentação de Hugo que corre por trás do zagueiro, a partir da meia lua, até aproximadamente a marca do pênalti, domina a bola no peito e arremata para o gol é de dar grande crédito ao “camisa 18” do SPFC.

Parabéns, São Paulo! Pela grande recuperação e ascensão.

E antes de finalizar, devo ressaltar algo importante que foi dito há cerca de 1 mês e meio atrás, por ninguém menos que o capitão, Rogério Ceni. Nosso goleiro-artilheiro disse que o time que desejasse ser campeão precisaria atingir a marca de 74 pontos e isto está registrado. Palpites de um goleiro matemático que parecem se concretizar, caso domingo haja (mesmo) vitória em nosso território. Para quem não se recorda, recomendo que acessem: globoesporte - dia 9/10 (clique).

Encerro aqui, o mais curto, até agora, capítulo da Bíblia Tricolor! Obrigado a todos!


PS: Força na recuperação, Zé Luís.

10.11.08

Vitória Suada e Aguerrida: como faz um campeão!

Primeiramente, obrigado por sua visita. Volto ao blog, para comentar a última rodada do campeonato nacional, festejar e fazer minhas “apostas” com relação ao futuro do campeonato!! Vamos lá!

Como não comemorar uma vitória suada feito a de sábado como se fosse um título? Ainda mais por se tratar de uma vitória que mantém, garante e afasta o Tricolor de todos seus adversários na luta pela taça do Brasileiro em dois pontos, ao menos.

Foi uma vitória sofrida, contra um time tradicional, rival, num clássico paulista, na casa do adversário (ex-casa Tricolor), sob forte pressão e frente uma grande necessidade (a de vencer um adversário que vinha complicando a vida de todos os que lutavam, sim, no passado, pelo caneco): a Portuguesa. Após uma partida nervosa – na qual o Tricolor abriu o placar e foi o tempo todo “perseguido”, tendo sido 5 tentos, 3 para o SPFC – o Tricolor do Morumbi garantiu sua posição como líder do campeonato e até o fim do jogo de hoje entre Palmeiras e Grêmio, esteve com uma vantagem de 4 pontos do (até então) segundo colocado. Hoje, a rodada não foi melhor apenas porque a vitória do Grêmio, fora de casa, os colocou como segundo colocados, apenas a 2 pontos do São Paulo FC, mas foi mais positiva do que se a vitória fosse alviverde. Com o fim da rodada, as esperanças gremistas mantiveram-se acesas, porém o sonho palmeirense pelo Pentacampeonato se distanciou ainda mais e, arrisco a dizer, se tornou quase impossível, muito inviável, portanto: “Tchau, Palmeiras! Até a Libertadores-09, na qual, por nós e novamente, serão eliminados!”.

O Flamengo venceu o clássico carioca frente ao Botafogo e se aproximou de Palmeiras (agora 4º colocado) e Cruzeiro (3º, após vitória contra o Fluminense). A situação da tabela não mudou muita coisa pra nós, pois ainda dependemos apenas de nós mesmos, apesar de eu estar confiante em, ao menos 1 tropeço por parte do Grêmio até o fim do campeonato. A seqüência de adversários do time gaúcho é mais simples e mais fácil do que a da equipe paulista, porém não vejo no SPFC a insegurança do começo deste ano, e, ressalto que, nos últimos anos, em todos os torneios que o Tricolor liderou por mais de 1 rodada, pelo menos, não saiu mais da ponta até conquistar o caneco. Desde 2005 (ano de conquistas), todas as vezes que o SPFC foi primeiro lugar em algum momento da competição, assim se manteve até o final.

Temos Figueirense (na zona de rebaixamento) em casa, Vasco (desesperado pra fugir do rebaixamento) fora de casa, Fluminense (mais desesperado ainda, porém o mais indigesto pra nós este ano) em casa (local onde os derrotamos por 1x0 na Libertadores; gol de Adriano) e, por fim, Goiás no Serra Dourada. Times com pretensões pequenas (se manter na Elite Nacional), porém, justamente por isso, mais perigosos que os despretensiosos adversários do Grêmio na competição.

Mas Borges voltou a marcar, está com mais 4 gols registrados nos dois últimos jogos (o último contra a Portuguesa foi conferido a ele, por parte da Comissão de Arbitragem da CBF, e não a Zé Luis) e isso é ponto importante pra equipe. A volta de Hugo – após suspensão – trás, também, além de uma boa opção pro meio campo e ataque, a volta da posse de bola nos pés tricolores e um dos jogadores que mais desarma, além dos jogadores tipicamente defensivos. Faz com que o meio de campo seja mais consistente (com Hernanes e Jean mais defensivos do que na partida contra a Portuguesa) e dá mais cadência ao setor, quando a bola está no pé. Não é um jogador único, porém adquiriu bastante importância pro time, além de ser um dos artilheiros tricolores na competição, atrás, apenas de Borges. O único problema é que André Dias (o xerifão) estará fora da próxima partida, ante o time catarinense, pois recebeu seu terceiro cartão amarelo na partida de sábado e desfalcará a equipe. De qualquer forma, temos como opção pro setor o jovem e talentoso zagueiro Aislan, o não tão confiável, mas regular Juninho e o próprio volante polivalente Zé Luis, que pode jogar mais recuado e possibilitar a entrada de Joilson na ala direita.

Temos um técnico ranzinza, por muitos odiado, por muitos mais admirado, por outros, invejado, por diversos, cobiçado. Muricy Ramalho tem a cara do Tricolor e, hoje, o SPFC tem sua cara. É chato, é persistente, teimoso, muitas vezes sistemático, mas uma coisa é fato: é eficiente. O treinador de sotaque interiorano e sem meias-palavras é inteligente, não deixa que sua importância no grupo seja maior do que a de cada jogador, porém mantém seu valor intacto e de pé. Sem dúvidas, grande parte dessa possível (creio que provável) conquista do São Paulo se deve a este sujeito, conquista esta que seria sua quarta pelo clube. Sim, Muricy conquistou o Brasileiro de 1977, ainda como jogador pelo SPFC, e agora pode conquistar seu terceiro caneco, como treinador do Time da Fé.

Confio em vitória na próxima partida e mais nada além disso. Não acredito em um tropeço agora, talvez contra um dos cariocas ou contra o time goiano, mas quando o título já estiver praticamente assegurado (contando com um possível e provável tropeço dos atuais vice-líderes). Eu sou Sempre Mais Tricolor, pois sei que o São Paulo FC não é time de tremer quando, nos momentos cruciais, está com 1 dos 5 dedos na taça. Sábado, colocamos um dedo e, a cada vitória, será mais um, até que seguremos o troféu com firmeza e possamos erguê-lo ao alto e gritar, pela sexta vez (terceira consecutiva) “é campeão!”.

Que venham os adversários, que lutem bastante, pois seu suor apenas justificará mais ainda a soberania Tricolor dentro das linhas do país do futebol.

Eu Acredito em ti
Porque eu te amo, Tricolor!

4.11.08

Sim, está próximo! O Hexa

Como ressucitei o blog (ressurreição, jezus, entendeu?? trocadilho, ahn?), nada mais justo que fazer um post logo após uma rodada super favorável, ahn?!

Bem, eu já havia dito antes do clássico SPFC x Palmeiras, que quem saísse vitorioso seria campeão. Não houve vitorioso (em pontuação), mas houve um time que saiu com a certeza de que tinha futebol o suficiente pra reverter a ordem do torneio. Este time foi o Tricolor, e por quê?

Bem, me parece simples e justo: apesar de termos sofrido um empate amargo com gosto de derrota nos últimos minutos de jogo após bela jogada de Denílson (ex-SPFC) e após gol-contra de Dagoberto (que havia marcado um golaço no primeiro tempo), foi nítido o domínio tricolor na maior parte da partida. Desde aquela partida, o Tricolor mostrou que tinha futebol o suficiente pra encarar quem quer que fosse e, a partir de então, apesar de uma partida morna contra o Sport Recife, a qual vencemos, mandamos no jogo contra o Botafogo (mesmo com sustos e um gol-polêmico invalidado dos anfitriões) e domingo agora, atropelamos, sem dó nem piedade, o Internacional de Porto Alegre. Maior posse de bola, bastante movimentação, muita raça e determinação tática, e apesar de algumas falhas de marcação, um setor defensivo quase intransponível, pois, se os zagueiros ou volantes não fazem o que deveriam às vezes, lá está Rogério “Air” Ceni, o maior goleiro do Brasil já há alguns 4 ou 5 anos (fácil!).

Estive presente no Estádio do Morumbi e vi 54 mil pessoas empurrando a equipe de forma que era possível sentir a energia positiva no ar. Acertei o placar: 3x0, que havia comentado com um amigo, espero que minhas outras previsões sejam certas também. “Como eu te amo Tricolor!” soava e parecia que os gritos de cada torcedor se tornavam um jogador a mais em campo, mesmo que sem a bola, pra fazer com que o SPFC se aproximasse mais e mais do título, ou, ao menos, da liderança. Fato este, consumado após a confirmação do empate por 1x1 entre Grêmio e Figueirense em pleno Estádio Olímpico. Nada mais parecia inatingível, para um time que esteve a 11 pontos do líder em pouco mais de 1 mês e hoje estar 1 ponto a frente do vice-líder, e a 2 pontos do que era, há meses e até sábado, o líder do campeonato, Grêmio. Um crescimento que mostra um poder de reação da equipe altíssimo, independentemente do nível do torneio ser ou não dos mais altos. Mas uma coisa há de ser dita: tal como o futebol do Tricolor não é mais tão vistoso como nos últimos anos, especialmente 2005 e 2006, o futebol das outras equipes também evoluiu, apesar de irregularidades e inconstâncias. Não fosse assim, estaríamos, novamente, na ponta e com uma diferença considerável para o segundo colocado.

Não foi uma vitória apenas, mas sim várias. Primeiramente, foi uma vitória que nos rendeu a liderança do torneio. Depois, foi uma vitória sobre a desconfiança na equipe, que mostrou um futebol de muito brio e garra, e na própria torcida, que compareceu em peso e agitou as arquibancadas (fazendo tremer as estruturas durante o jogo todo). Por fim, foi uma vitória que estabeleceu um marco importante e super relevante nos últimos torneios nacionais que o SPFC disputou: quando assumiu a ponta do Brasileiro, levou até o final (em 2007, perdemos a ponta apenas por uma rodada e logo recuperamos).

Acredito na força do elenco, no peso da camisa, na sorte de campeão, na tradição, na tabela teoricamente mais simples e, principalmente, na vontade de cada são-paulino (elenco, comissão, torcida) em se tornar o primeiro Hexa Campeão Brasileiro (e conquistar o inédito “tri consecutivo”). O trabalho não é fácil, mas todos fatores acima citados hão de confirmar minha crença.

Força do elenco: o elenco é renomado, jovem e experiente. Tanto em vitórias, quanto em derrotas; assim sendo, creio que está bem calejado com a situação de pressão.

Peso da camisa: qualquer equipe brasileira e mundial que vê a camisa do SPFC, mesmo que não em grande fase, respeita. Em um momento de ascensão no campeonato nacional, é de dar medo enfrentar essa equipe, ainda mais quando são times que se encontrar em situações difíceis. Zebras (sim, porque pra mim seria “zebra” perder algum dos próximos jogos, sem querer menosprezar) acontecem, mas não acho que perderemos algum jogo, talvez, no máximo, role um ou dois empates.

Sorte de campeão: é místico, é mágico ou superstição mesmo. Mas quando uma bola bate na trave e na linha e não entra totalmente e, ainda por cima, o juiz não valida o gol, ou quando um gol polêmico é invalidado sem que haja pressão ou reclamação, acredito que seja sorte, pois teoria da conspiração pra mim, é só pra justificar fracasso (às vezes uso também rs!). Competência é sempre necessário, mas quando competência se alia à sorte, daí não há quem segure.

Tradição: não se compra, se conquista. Como maior vencedor de Brasileiros, Libertadores e Mundiais dentro de solos tupiniquins, não acho que haja time de maior tradição, mesmo que mais antigo, que nosso saudoso Tricolor. E Tradição dá peso à camisa, tópico que já explanei acima.

Tabela simples: como já comentei no “post” anterior, temos uma tabela bem mais simples que a de outros adversários e concorrentes ao título, sem confrontos diretos e sem grandes clássicos regionais a disputar, apenas Fluminense e Vasco seriam oponentes tradicionais à altura, mas estão em péssima fase, na zona da degola.

E, por fim, vontade: a garra e determinação que o conjunto são-paulino tem mostrado em campo e fora dele (reservas que, ao menos nas partidas – quando e onde mais interessa – sempre mostram muita satisfação e apoio aos companheiros que jogam) são fatores que fazem toda a diferença a favor de um time. Coisa que às vezes me parece faltar ao que, a meu ver, é nosso maior adversário na briga pelo título: Palmeiras. Mesmo com alguns discursos de união, vejo um time com pequenas brechas, indicando possíveis problemas, quando um goleiro (Marcos) pensa e fala uma coisa, seu técnico (Luxemburgo) o contraria e, de quebra, contradiz palavras de alguns dirigentes (que justificariam nosso, do SPFC, sucesso nas costas de uma suposta arbitragem favorável ao time do Morumbi), dentre outras coisas.

Pra não me alongar (mais ainda), fecho com um cântico, dos mais belos, que não me canso de cantar e, acredito que, é o que mais empurra a equipe rumo às vitórias, o que mais nos dá força e liga, o que mais nos faz ser um time “campeão”:

“Vai lá, vai lá, vai lá!
Vai lá de coração!
Vamos, São Paulo! Vamos, São Paulo!
Vamos, Ser Campeão!”


P.s.: Miranda foi convocado para a Seleção Canarinho! Nada mais justo e merecido. Parabéns, dono da zaga Tricolor. Além de tudo, não nos desfalcará em nenhuma partida (ao menos, a princípio, se não se machucar - espero!).

Obrigado a todos! E voltem sempre.

1.11.08

Enter the Dragon

Operação Dragão (sim, me inspirei no nome do filme de Bruce Lee)

Não há melhor momento de ressuscitar este blog-adormecido do que este. Por quê? Parece-me até óbvio, em todo caso, justifico. Neste tempo todo que me ausentei, estive ocupadíssimo (aliás, ainda estou, não fosse minha cara-de-pau de mexer no computador mesmo tendo prioridades muito maiores que a internet na vida), com meu trabalho e minhas correrias do dia-a-dia. Tais ocupações me tiraram a possibilidade de fazer meus habituais textos e de acompanhar meu amado, nosso Mais Querido Tricolor nos estádios, especialmente no Morumbi, nossa casa tão grandiosa e histórica, de tantas glórias e conquistas.

Mas estou de volta, no momento mais oportuno possível. No momento em que o Dragão desperta de vez, mostra que continua protegendo seu império, seu domínio, sua glória, sua força. O Dragão chamado São Paulo Futebol Clube, atual dono do “cinturão” do futebol nacional, mais incontestável impossível, pois foram 2 títulos seguidos após quedas dramáticas em Libertadores, assim como foi este ano. Finalmente, trauma superado meses e meses depois, o Tricolor Paulista encosta no líder, o Grêmio. A diferença do time gaúcho reside apenas nos critérios de desempate, sendo que o Grêmio possui 17 contra 16 vitórias no torneio.

Durante a temporada 2008, o SPFC sofreu, martelou, tropeçou, frustrou, cansou, irritou, empolgou, iludiu e desiludiu. Não foi ano de contratações, talvez a única tenha sido o empréstimo relâmpago de Adriano (hoje reserva na Inter de Milão) que resultou num futebol centrando as atenções ao jogador em recuperação – uma jogada de marketing do clube que marcou 17 pelos pés do atacante, em 24 partidas disputadas. O final deste casamento entre o Dragão e o Imperador foi trágico, derrubados pelo Fluminense com um gol traiçoeiro, dolorido, do “Coração Valente” Washington.

Não houveram mais contratações de peso, apenas alguns nomes sem tanta força, mesmo que em boas fases em suas equipes, casos de Joilson, Juninho (ambos do Botafogo), e outras contratações polêmicas, como Carlos Alberto e Fábio Santos (Vida Loka). Sem dúvidas foi um ano difícil e, culpados não faltaram. Alguns apoiavam seus argumentos todos sobre o mau planejamento da diretoria (fato que surpreendeu o mais cético dos comentaristas e torcedores), outros jogaram a culpa toda no técnico Muricy Ramalho, por sua teimosia e persistência em certos jogadores (Richarlyson, por exemplo, foi o bode-expiatório escolhido) e por sua clássica grosseira-sinceridade com a imprensa. Ainda houve gente apontando uma doença que afeta todo o futebol brasileiro e, em grande parte, latino-americano: a safra ruim de talentos. Dentre tais talentos, o técnico são-paulino (de contrato e de coração) encontrou um meia que (poderia ter surgido antes) ajeitou o setor de meio-campo da equipe, ao lado de Hernanes, tanto no aspecto defensivo como ofensivo. O jovem de 22 anos, Jean, fortaleceu o meio-campo com desarmes seguros, personalidade, raça, técnica (mostrada no belíssimo gol na última quarta-feira, ante o Botafogo, encobrindo o goleiro) e velocidade.

Perdemos neste ano uma semifinal de 180 minutos para o Palmeiras no campeonato Paulista, somada a eliminação nas quartas pro Fluminense no torneio favorito do SPFC, mas agora no fim do ano, com o time mais estável, apresentando, se não padrão de jogo, maior variedade de jogadas, mais vontade e garra. Até que finalmente podemos ver nosso querido Tricolor em seu lugar novamente, o topo. Apenas o SPFC pode tirar de si mesmo o troféu, mesmo ainda estando atrás do Grêmio em números de vitórias, e por quê?

O time dos pampas tem pela frente confrontos diretos contra Palmeiras e Flamengo e, convenhamos, não é mais nem um pouco favorito, visto o placar e o baile que levou no Mineirão frente o Cruzeiro: 3x0. O nosso vizinho de CT está logo atrás, com 1 ponto a menos apenas, mas ainda topa o Grêmio em breve e o Santos (neste domingo) que está em ascensão, além de ser um clássico Paulista de muita tradição e equilíbrio em brasileiros. O time carioca, por sua vez, perdeu os dois confrontos contra o Tricolor no ano, deixou escapar uma vitória na última quarta, se distanciando em 3 pontos do líder, e ainda vai se encontrar com Palmeiras e Cruzeiro, sem citar o clássico contra o Botafogo. Já o Cruzeiro tem apenas o Flamengo de confronto direto, além de encarar, no Beira-Rio o Internacional.

Nossa tabela é, sem sombra de dúvidas, a menos complicada até o encerramento do torneio: Internacional (em casa, no Morumbi), Portuguesa (fora, no Canindé), Figueirense (em casa), Vasco-freguês (fora, provavelmente em São Januário), Fluminense (em casa) e, por fim, Goiás (fora). Não são adversários tão perigosos, talvez apenas o Internacional represente grande perigo, apesar da ascensão da Lusa fugindo da zona de rebaixamento. Os outros adversários são mais fracos ou menos pretensiosos: o Goiás está apenas tentando garantir-se na Sul-Americana, o mesmo serve pro Inter que, alguns dizem, tem interesse em ver o Grêmio se complicar. Vasco está na zona de desespero, quase na Série-B 2009, o mesmo perigo existe pra Fluminense e Figueirense. Sendo assim, não vejo grandes dificuldades em mantermos a pegada e o ritmo.

A choradeira já começou, no último dia 29, quando o SPFC venceu o Botafogo em pleno Engenhão e acumulou a mesma pontuação do líder Grêmio. Dirigentes do “prejudicado” Botafogo – em especial o presidente (ou torcedor?) Bebeto de Freitas chegou a invadir o gramado, reclamando exaltado e dizendo que aquilo (a anulação do que teria sido o gol de empate carioca) foi um assalto à mão armada. Aproveitando o embalo, quem está irritado com o Internacional de Porto Alegre (pois supostamente estes, seus eternos rivais gaúchos, entrarão “mole” contra o Tricolor Paulista neste domingo, devido ao número de reservas escalados), o Grêmio não perdeu tempo em reclamar também. Afirmam que já há favorecimento ao Tricolor Mais Querido por parte da arbitragem, ignorando que no jogo que o SPFC perdeu para o próprio Grêmio, fomos “prejudicados” por um gol ilegal (em impedimento) que o juiz da partida validou.

Não bobo, pra não ficar atrás, dirigentes do Palmeiras entraram na onda de reclamar (já diria Raul Seixas: “eu também vou reclamar”). Afirmam a mesma coisa que o Grêmio, porém deveriam, tal como o atual líder do torneio, olhar pro próprio umbigo e se recordarem (ambos) de suas recentes derrotas (por 3x0, no caso do Grêmio para Cruzeiro e 2x0 para Portuguesa – no caso do Palmeiras, 3x0 para o Fluminense). É fácil reclamar de arbitragem, isolar os fatos e colocar um bode-expiatório pra tudo. Ocultar as próprias limitações e ignorar os próprios tropeços, abrir mão da responsabilidade sobre as próprias mazelas e erros cometidos, quem não quer? Difícil é ter peito, admitir seus próprios erros e seguir em frente, justificar a posição onde está independentemente do que acontece com os outros.

Sempre que o papo é arbitragem em Brasileiros, penso no campeonato de 2005, conquistado pelo Corinthians (de volta à Série A em 2009). Na ocasião, uma enorme polêmica envolvendo a arbitragem fez com que vários jogos voltassem e tais partidas acabaram beneficiando (indiretamente) ao Corinthians que, por sinal, empatou com o Internacional (vice-campeão no ano) em 1x1 em partida mais polêmica ainda (já citada anteriormente). Fato é que houve um grande esquema de arbitragem, mas até a última rodada, o Internacional tinha como reverter a situação, foi incompetente, perdeu o torneio e até hoje se lamenta. Incompetência é o que resumiu aquele campeonato do Internacional, e não qualquer outra coisa que muitos insistem em afirmar.

Estou confiante, domingo estarei no Morumbi (após meses sem poder comparecer aos jogos), e vejo uma nova estrela surgindo nos peitos de sangue e coração Tricolor. A sexta estrela, a que ninguém (sem polêmicas de CBF e C-13) tem ou sonha em ter, além do nosso querido SPFC.

Obrigado pela paciência de ler até aqui, caro amigo São Paulino (ou não!)


VAMOS SÃO PAULO!
VAMOS SER CAMPEÃO!!