10.7.08

Sobre personagens e fatos

Saudações, irmãos e irmãs tricolores! Sejam bem-vindos novamente.

Peço-vos desculpas por meu sumiço do blog por tanto tempo. Fiquei afastado por duas razões. A primeira é porque recentemente houve uma pane geral no sistema de internet da Telefônica que afetou todo o estado de São Paulo. A outra razão é que, além disso, eu não estive muito inspirado nem motivado a escrever algo sobre o SPFC. Mas enfim, aqui estou, aqui vos escreverei.

Bem, acabo de assistir a um jogo do Tricolor: derrota de virada, por 2x1, para o Náutico, no Recife. É a segunda derrota do SPFC no campeonato Brasileiro deste ano apenas; a primeira foi na estréia (em casa) contra o Grêmio. Além destes dois jogos, foram 3 vitórias e 5 empates. A campanha é pífia até agora para o atual bi-campeão nacional e, creio, tem suas razões. Eis:

1. Do fim do ano passado pro começo deste ano, o SPFC perdeu peças importantes de seu elenco (Breno, Leandro e Souza são os primeiros nomes que me vêm à cabeça, dentre outros). As reposições não vieram à altura ou não atingiram às espectativas. Mesmo com a vinda de Adriano (que fez muitos gols), o Tricolor não engrenou e foi eliminado no Paulista e Libertadores. Aliás, a vinda do Imperador foi benéfica (mesmo!), apenas ao Imperador, diga-se de passagem. Seis meses e o time não encaixou um bom futebol (salvo em algumas partidas isoladas);

2. Estamos em julho, assim, a janela de transferências de jogadores para a Europa está aberta e as expeculações são diversas. Devemos perder algumas peças importantes, como Alex Silva, Hernanes e, talvez (a que mais lamento), Miranda. Não é à toa, tanto que Muricy Ramalho citou em recente entrevista, tais especulações tiram o foco de jogadores, principalmente os mais inexperientes (caso dos dois primeiros), que estão "com a cabeça na lua" e esquecendo o futebol que os tornou grandes jogadores;

3. Parte da culpa por baixo rendimento em jogo e pouca variação tática pode ser atribuida ao técnico (dizem muitos), porém creio que grande parte disso se deve, principalmente, a outro fator. Estive pensando a respeito do relacionamento do técnico Tricolor (que, pra mim é tricolor de coração) com o atual presidente, Juvenal Juvêncio. É bem verdade que membros da alta cúpula são-paulina são contra a presença do técnico no time, assim como é bem verdade que Juvêncio o mantenha no cargo com bastante segurança, sem deixar qualquer "bafafá" ameaçar sua permanência. Porém, por outro lado, penso: "Juvenal mantém Muricy no cargo mas não dá apoio nenhum em condições de trabalho, além de apoio psicológico, ou melhor, apoio midiático". O presidente firma palavras de apoio ao técnico perante a imprensa, porém não faz lá grandes esforços (afinal, jogador bixado, machucado, em fim de carreira ou encrenqueiro é fácil contratar... mão no bolso, nem pensar!) pra dar as condições de trabalho necessárias para um técnico. Não contrata as peças que Muricy precisa e pede (leia-se, um meia de armação, qualquer um com um currículo razoável), não gasta um tostão dos milhões que arrecada para trazer peças diversificadas para distintos setores (temos cerca de 6 laterais direitos), dentre outras coisas. Ou seja, é fácil manter um empregado se você não tem altos custos com ele e não lhe dá todo o suporte necessário, nem sequer parte dele. Pagar o salário do profissional é apenas obrigação, então isto não conta. Mas onde está o apoio ao trabalho? O incentivo à conquista? Não existe isso na cúpula Tricolor para com o técnico do time, nem sequer do suposto "admirador" do trabalho de Muricy Ramalho.

Por fim, deste assunto, enquanto a diretoria não apoiar efetivamente o trabalho do treinador, o São Paulo FC estará sujeito à se manter na posição de times medíocres do futebol nacional: entre o 5º e o 16º da tabela.

Outro assunto, que pretendo apenas pincelar, será abordado apenas com algumas questões. Refiro-me a alguns jogadores: Hernanes, Jorge Wagner, Aloísio, Dagoberto e Richarlyson.

1) Hernanes: O que acontece com nosso volante que, talvez pela admiração por Ronaldinho Gaúcho, cisma em efetuar jogadas de efeito, com beleza plástica, em diversos momentos (errados) que o mais apropriado seria um toque curto ou um corte mais seco?

2) Jorge Wagner: Por que nosso ala esquerdo erra tantos passes, não tem a menor qualidade com o pé direito e vai pra direita em diversas situações, é tão lento e tem um baixíssimo número de lançamentos/cruzamentos certeiros (perante o número de tentativas)? Muitos dizem que é um ótimo jogador no quesito assistências. Pode até ser, porém seu aproveitamento é lamentável. A cada dez tentativas, acerta 1, quando muito duas bolas alçadas.

3) Aloísio: Infelizmente, eu, que sou admirador de sua pessoa, não vejo mais futuro para o atacante com a camisa do Tricolor. Será que é tão difícil virar e arriscar um chute pro gol? É tanto preciosismo ou ordem do técnico que o jogador apenas dê o passe pro goleador (Borges, no caso), ajeite a bola e puxe a marcação? Infelizmente, sinceramente, enquanto o futebol do atacante não sair do "burocrático pivô", ou seria melhor um banco ou sua saída do time.

4) Dagoberto: Quem me conhece, sabe que o "atacante" nunca me agradou. Primeiro, porque cresci vendo Müller, Careca, Palhinha, Bebeto, Romário, Evair, Batistuta dentre outros jogadores que, de fato, eram atacantes. Segundo, porque, pra mim, atacante é aquele que ataca, e não o que corre pras pontas, sem objetivo algum, faz meia-dúzia de firulas, perde a bola e se joga no chão. Atacante ataca, ou seja, vai pra cara do gol (e chuta!). Dagoberto não é atacante, que dirá jogador para o São Paulo FC. R$5 milhões (a mais cara transação do SPFC nos últimos anos) jogados no lixo! Por mim, não tem espaço no SPFC e só joga (quando joga) porque as opções são poucas. Há tempos sou a favor de sua saída.

5) Richarlyson: No início do ano, estava perdido. Jogando como lateral-esquerdo chegou à seleção (pra surpresa da nação) e, de perdido, se tornou violento e prepotente. Apresentando um futebol ridículo, de titular se tornou reserva e o mal relacionamento que já tinha com a torcida (mero preconceito) só piorou. Ganhou vaga no banco-de-reservas (finalmente) e nas partidas que entrou, fez boas atuações, com grandes passes para gols importantes. Eis que, por infantilidade, comete falta no jogo de hoje contra o Náutico e recebe seu terceiro cartão amarelo no Brasileiro. Resumindo, fora do próximo jogo (clássico contra o Palmeiras). Moral da história: é bom o camisa 20 colocar a cabeça no lugar de vez por todas, pois, se não é por arrogância ou baixo-rendimento, está prejudicando a si mesmo com lances infelizes e infantis.

Obrigado a todos pela audiência e um ótimo resto de semana.

6 comentários:

Anônimo disse...

Concordo plenamente!

Dizer que apoia diante das cameras e dar tapinha nas costas não é dar respaldo a um treinador.

Quando Muricy comentou de ser valorizado e ter tranquilidade para seguir no São Paulo, a tal garantia que ele pediu ao meu entender, foi a chegada de reforços para que ele finalmente execute um trabalho e não que trabalhe como encanador, eletricista e pedreiro o tempo inteiro.

Anônimo disse...

Maninhu simplesmente não faltam jogadorss falta a vontade de vencer.... é fogo esse ano parece que nada vai dar certo .. nem o brasileirão.. mas vamos ver até onde esse elnco pode ir.. somos franco atiradores ... mas não podemos correr o risco de perder pontso faceis como esses dois ultimos jogos que ficou evidente que a vitoria era possivel..

hernanes pra mim eu ja disse que ja era .. rsrs..
é nóis manowwwww

Anônimo disse...

Caraca, concordo MUITO com o que vc disse sobre o Dagoberto!

Anônimo disse...

(me equivoquei nos coments, então repetirei nesse aqui)



como sempre uma análise coerente!

sobre a diretoria e o técnico, ou, dando nome aos bois: Juvenal e Muricy, começo a crer num jogo meio manipulado...

começo a achar que Juvenal só banca o Muricy porque o mesmo segura a sua presidencia tranquila...
e não é pq o Muricy é um bom técnico e tal(minha opinião)
mas sim pelo fato de servir de escudo...
isso mesmo, Muricy recebe as pedradas(injustas) e a diretoria, errante, segue fora dos holofotes, fazendo cagadas sem culpa...

Muricy é mágico(sem babar ovos), pois consegue arrancar empenho desse time mediocre!

e a diretoria não é das piores, porém deve começar a assumir a culpa que lhe cabe.

Abrimos nosso olhos, tricolores!

Sam disse...

Me gusto mucho lo que escribiste, ya que me interesa bastante saber lo que piensa el hincha acerca del presente del tricolor, y no solamente leer en las paginas informacion acerca del juego, del resultado, etc.
Cuando leia lo que pensabas acerca de Dagoberto, me acorde mucho de un jugador que paso por San Lorenzo (actualmente juega en cortinthians -galinhaaa-), German Herrera, el cual tenia caracteristicas similares a las de Dagoberto: corria, empezaba jugadas, pero no era un real "delantero/atacante" ya que nunca convertia goles. Lo llamaban, en broma, el "casi-gol", porque nunca podia terminar ninguna jugada.

Estoy esperando con ansias el partido de Sao paulo que jugara el domingo, ya que aca en Argentina actualmente estamos en receso de futbol (la Copa Sudamericana empieza el 6/8 y el campeonato local el 10/8), asi que ultimamente estoy solo pendiente de como le va a mi querido Sao paulo, y haciendo fuerzas desde muy lejos, pero con el corazon alla en Brasil.

Con respecto al cantante que me dijiste que no conocias, te cuento que se llama Carlos "Indio" Solari. Antiguamente era el cantante de una banda argentina llamada "Patrico Rey y sus Redonditos de Ricota" (a mi parecer, la mejor banda de rock de todos los tiempos), y actualmente canta como solista. El pasado 5/7 dio un recital en la ciudad de Tandil, al cual fui, y realmente fue inolvidable.

Perdon por extenderme tanto. Estoy en construccion de un blog dedicado especialmente a San lorenzo, asi podes informarte ahi de la historia de mi amado CICLON.

Saludos!!!

Sam disse...

Te firmo desde mi nuevo blog dedicado a San Lorenzo..
Espero que lo mires asi te informas un poquito mas sobre El Ciclon, como me pediste.

Saludoooosss