15.7.08

Contra o Palmeiras é Sempre Mais Emocionante

Saudações, nação Tricolor!

Ah, mas como é bom escrever sobre o Tricolor, especialmente após uma vitória, e melhor ainda, sobre o qual considero ser o maior rival do São Paulo FC: o Palmeiras. Não, não é uma mera questão futebolística, mas histórica, política e social. As duas equipes travaram batalhas e mais batalhas, dentro e fora de campo, além das tristes confusões e brigas entre torcedores, algumas delas resultando em mortes. O Palmeiras foi o primeiro grande rival do tricolor no cenário futebolístico e esta rivalidade se estendeu pra fora dos campos ainda nos tempos em que o time do Parque Antártica era o velho “Palestra Itália”.*

O velho clássico recebeu o apelido de Choque-Rei.

Mais recentemente esta rivalidade foi apimentada e muito elevada devido a acontecimentos no campeonato Paulista. No primeiro jogo, durante a primeira fase ainda, o Palmeiras goleou o São Paulo por 4x1, em placar que não refletiu a partida: 3 gols do Palmeiras foram por pênaltis infantis em lances isolados. O atacante Kleber (ex-São Paulo, hoje no Palmeiras) foi um dos que fizeram com que o clima do clássico se tornasse mais intenso, ao acertar uma cotovelada desleal no zagueiro tricolor André Dias e não ser punido com isso, fazendo, então, um belo gol (levando o Palmeiras ao empate, pois o SPFC saiu vencendo). Outra figura foi Denílson (ex-ponta esquerda do SPFC) que entrou no decorrer da partida e teve a chance de bater um dos três pênaltis convertidos pelo Palmeiras, e afirmou que o time do Morumbi não lhe deu o devido valor (para que ele voltasse ao clube).

A coisa esquentou mais ainda nas semifinais. No primeiro, o Tricolor saiu vitorioso em bela partida feita no Morumbi. Com todas as honras, o SPFC bateu o time alviverde por 2x1, com direito a um polêmico gol de mão feito por Adriano Imperador. A segunda partida ainda reservaria polêmicas maiores. Primeiramente, no intervalo da partida, os jogadores do Tricolor não puderam se concentrar no vestiário cedido à equipe, pois este estava infestado com algum tipo de gás (falou-se muito em gás-pimenta). Não foi provado, até hoje, quem teriam sido os verdadeiros culpados, porém a diretoria do Palmeiras foi punida por não ter evitado tal incidente. Outro ponto negativo da partida foi a súbita queda de energia durante os últimos minutos do segundo tempo, o que também pareceu sabotagem contra o time do Morumbi. Porém, de qualquer forma, o Palmeiras apresentou melhor futebol durante o jogo e saiu merecedor da vitória por 2x0, que os levou, assim, à final do campeonato estadual (que venceriam dias depois em duas vitórias incontestáveis contra a Ponte Preta).

Meses correram e as equipes se reencontraram no campeonato Brasileiro. O Palmeiras vinha de posição mais confortável na tabela, com 4 pontos a mais que o Tricolor, porém com uma fase, até agora, ruim de sua principal estrela (Valdívia), que não apresentou (por sinal) bom futebol em nenhuma partida contra o São Paulo neste ano. Era a hora de o São Paulo FC mostrar sua força e o porquê de seu prestígio, pois vinha de uma série muito longa de empates dentro e fora de casa, e precisava da vitória para elevar o moral.

Foi uma partida muito desigual (bom para nós!). No primeiro tempo inteiro, o São Paulo foi senhor da bola e não deu chances ao tradicional time da colônia italiana. Ataques e mais ataques sufocavam a defesa palmeirense, até que em belo passe de direita do canhoto Jorge Wagner, André Dias aproveitou-se da falha do goleiro Marcos e empurrou a bola para as redes. A vibração na comemoração foi intensa, algo que soava como um desabafo, um revide contra o time do Palmeiras. Este primeiro gol saiu logo nos primeiros 7 minutos de jogo, e o resto do primeiro tempo não foi diferente. Só dava São Paulo FC no ataque. Um Palmeiras acuado e nervoso, sem expressão e sem saídas de bola. O segundo tempo foi um pouco mais equilibrado, porém o Tricolor continuou superior e, após segundos da substituição de Éder Luís, tirando Dagoberto (que fez, diga-se de passagem, ótima partida), o atacante vindo do Atlético Mineiro fez bela jogada pela lateral direita com Joilson e Jorge Wagner. Numa bela troca de passes, Éder Luís chegou frente à pequena área e em chute desviado, ampliou o placar.

Durante a partida, ainda, Borges sofreu lesão no braço esquerda (luxação no cotovelo) após uma queda feia e foi substituído por Aloísio. O goleador do Tricolor na competição ficará fora por cerca de 1 mês. Aloísio não apresentou grande futebol, apesar da vontade, e ainda foi premiado com cartão amarelo devido à reclamação com a arbitragem (cartão, este, que tira Aloísio do jogo contra o Vitória da Bahia). André Dias também estará fora do jogo em Salvador, devido ao terceiro cartão amarelo. Além deles, o preparador físico Carlinhos Neves se envolveu em discussão com o auxiliar e acabou expulso de campo. Nos minutos finais, o Palmeiras ainda conseguiu um escanteio e marcou de cabeça. Infelizmente, Ceni que pouco trabalhou (apesar de ter feito belas defesas) na partida, saiu mal no primeiro pau e não encontrou nada, além da bola nas redes, aos 47’ do segundo tempo. Placar final: SPFC 2x1 SEP.

Foi uma vitória justíssima e que trouxe mais confiança ao elenco Tricolor. Jogadores que não vinham atuando bem e outros que, a meu ver, não justificaram ainda os esforços do SPFC em suas contratações, fizeram ótima partida. É bom ver um São Paulo com ritmo de jogo intenso, cadenciando na hora certa (mesmo sem o “meia-de-armação”), controle de bola, passes precisos e zaga forte (mesmo com o desfalque de Miranda, contundido e em recuperação por pelo menos 1 mês ainda). Foi também, e é importante ressaltar, uma bela partida para o técnico Muricy Ramalho, que neutralizou taticamente as principais jogadas (e alterações) organizadas por Vanderlei Luxemburgo.

Agora torcemos por novas apresentações deste nível (ou superior) e por novas contratações para reforçar o elenco do São Paulo que, apesar de ter qualidade, é carente e enxuto. Que as boas apresentações sirvam de inspiração e tragam confiança ao time, mas que não apaguem as necessidades do clube e ocultem os erros recentes.

Um forte abraço a todos!


* Ler post Ser São Paulino, que traz um pouco da história dos grandes clubes de SP.

5 comentários:

Anônimo disse...

Foi muito bom ver um jogo como o de domingo. Achei o São Paulo com outra postura e foi melhor que a porcada.
Mesmo sem ter sido um super jogo, vi um São Paulo com mais garra! Pena que o Borges se machucou! =(
Gostei mto dele e da zaga tbm.

Anônimo disse...

Jezus, falou tudo, é sempre bom ganharmos da porcada, ainda mais depois da eliminação do paulista do jeito que foi, com a diretoria do porco jogando sujo, espero que essa vitória, seja o inicio da virada

Anônimo disse...

Choque rei meu caro Jezuz.. até quem enfim um poko de raça dentro de campo como é bom ver o tricolro assim....
abraços meu querido muricy eternoooooooooo

Sam disse...

Que tal amigo brasilero!!!
La verdad que muy pero muy feliz por el triunfo del tricolor sobre la porcada! Lo vi por internet, junto a mi hermano,y la verdad que estuve muy nerviosa durante todo el partido. Casi como lo estoy en los partidos de San Lorenzo. Me emocione muchisimo al ver la fiesta que hizo la torcida tricolor, estaba muy feliz.
Una lastima que se haya lesionado Hugo, es un jugador al que quiero mucho. Espero que se recupere pronto.

Tambien espero que traigamos buenos refuerzos (ojala en San lorenzo suceda lo mismo, porque aun no trajimos a nadie, y en menos de un mes empieza el campeonato y la copa sudamericana!).

Mañana hay que ganarle al Vitoriaa!!!

Saludooossss

VAMOS SAN LORENZO
VAMOS SAO PAULO

Unknown disse...

eh o Choque Rei , + uma vez foi sensacional ..o time do SPFC mostrou que gosta de grandes jogos ( chupa Flamengo ) e não deu chances aos porquitos .. + uma vez excelente post Jezus ..