Mas que preocupante, não?! Pode parecer exagero, mas creio não ser o único que se preocupa demasiadamente com as derrotas mais recentes. Digo-vos por que. Não é uma mera questão de perder, vencer ou empatar, mas sim, de como estas coisas acontecem. Qual a tônica dos jogos, o que podemos ver e esperar do time, o que nos faz acreditar, ou não, em uma boa temporada (além de apresentações isoladas).

É mister ressaltar que peças importantíssimas do elenco desfalcaram o São Paulo no jogo de ontem: Miranda e Borges estão contundidos, em processo de recuperação por, pelo menos, mais 3 semanas; Alex Silva e Hernanes estão com a seleção olímpica, em busca da inédita medalha nos jogos de Pequim. Porém, isto não é justificativa para más atuações de um grupo que treina junto quase todos os dias, se conhece há anos (alguns apenas dias ou meses) e só fazem isto da vida: jogar futebol.
Tudo bem, eu sou o primeiro a admitir que a vida seja feita de altos e baixos e que têm dias em que não acordamos bem – ou de saúde, ou de espírito. Não somos máquinas programadas para executar tarefas com preciosa exatidão e eficiência, contudo não posso ignorar que, quando exercemos determinada atividade como nossa principal atividade, devemos estar sempre prontos e preparados para que, no coletivo, os problemas individuais sejam menos relevantes.
Ontem, minha indignação se fez surgir por problemas que considero quase-crônicos no elenco são-paulino. Primeiramente, o problema arrastado desde janeiro de 2007: não temos um meia que dê qualidade ao passe de bola no meio de campo, ligando defesa e ataque (que saudades do Danilo). Este fator já esgotou a paciência de qualquer são-paulino que acompanhe às partidas do time, e eu não sou diferente. Enquanto não tivermos um jogador que cadencie a bola no setor, visualize o jogo e as opções, acalme o jogo, valorize a posse e que sirva com passes, lançamentos e cruzamentos precisos a seus companheiros, nosso meio de campo terá apenas uma função: marcar o time adversário. O assunto cansa, mas cansa mais assistir a um jogo e sentir a falta disso.
Segundo ponto (problema): Juninho não é zagueiro pro São Paulo FC. Infelizmente, pode até ser uma questão de falta de ritmo, falta de partidas, mas não dá pra confiar no cara “nem que a vaca tussa”. Não tem tempo de bola, perde muito facilmente numa corrida e é facilmente levado por um jogador (qualquer) minimamente habilidoso. No jogo de ontem, foi por ele que passou a bola, que sobrou pra Nilmar (ótimo atacante, diga-se) empurrar para as redes. Eu desejo que ele me cale e reverta a situação, mas já não espero muito isso não.


Em suma, são diversos problemas a serem consertados. Jogadores que demoraram a engrenar na equipe subiram de produção (Dagoberto e Joilson), outros voltaram a ter baixo rendimento (Hugo), outros recuperaram a boa forma apesar de certos exageros e firulas desnecessárias (Richarlyson). Mas se o futebol continuar neste nível, será complicado levantarmos alguma taça este ano. Temos duas possibilidades: o Hexa nacional e a inédita Sul-americano. Qual você prefere? Ou então, basta, pra você, a vaga na Libertadores-09? A janela européia está no fim, agosto está aí, será que vem um meia pro time? Será que algum de nossos jogadores vai sair (Hernanes e Alex Silva são os mais cotados)?
Eu sempre acredito e torço, mas sinceramente, não estou muito confiante, mesmo com as recentes vitórias. Foram 3 vitórias, duas convincentes e uma no aperto: assim como haviam sido a seqüenciadas sobre Atlético Mineiro, Flamengo e Sport. Mas depois daquelas três, tivemos um empate em casa contra o Ipatinga! Desta vez, o adversário foi o Internacional, muito mais qualificado e mais forte, e jogamos como visitantes, mas – apesar dos méritos da equipe gaúcha – o futebol tricolor desapareceu e se mascarou sob si mesmo. É o que sempre me preocupa. Perder faz parte, pois não jogamos sozinhos e os adversários também se preparam pra vencer, mas perder como perdemos é lamentável e preocupante.
De qualquer forma, Vamos São Paulo!!
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