21.7.08

Força, Tricolor!

Bem vindos, caros amigos tricolores! Hoje, um post dedicado apenas a uma breve reflexão sobre o comportamento do nosso São Paulo no atual brasileiro e o que espero para o andamento da competição e da temporada.

Novamente, revivendo o prazer e me deliciando com o gosto da vitória. O sabor aconchegante e doce da vitória. Porém, cabe sempre a pergunta: até quando este gosto será presente na boca?

Estou apenas questionando isto por me ver intrigado com o que há muito pouco, em uma coluna, li. Trata-se de um texto do jornalista e comentarista esportivo André Rizek, no qual Rizek utiliza-se de termo um tanto quanto forte e inadequado, a meu ver, porém para descrever um fenômeno interessantemente triste: “um time vagabundo”. Após belas e importantíssimas vitórias sobre Palmeiras (arqui-rival) e Vitória, o São Paulo FC parece se encontrar em um estado de relaxamento tal que chega a ser sempre preocupante e caracterizar um time conformado.

(imagem: "a Dama e o Vagabundo" - Walt Disney)
Neste último domingo, o SPFC venceu o Botafogo do Rio de Janeiro em placar apertado (2x1) em casa. Porém, o placar não explica como foi o jogo em si, mas sim, apenas, denota o vencedor da partida, para os que gostam de resultados e dados estatísticos. A qualquer um que pôde acompanhar a partida, seja no estádio, televisão, rádio ou mesmo virtualmente, pela internet, ficou nítido que o futebol apresentado pela equipe tricolor não foi dos mais convincentes. Depois de um início forte, no qual conquistou 3 escanteios seguidos com menos de 5 minutos de jogo, e mais algumas outras jogadas ofensivas, o time paulista não criou muito e viu o jogo ficar parelho. Felizmente, após bela (belíssima, digo) tabela no meio de campo entre Jorge Wagner, Éder Luís, Jorge Wagner (novamente) e Alex Cazumba, nosso lateral esquerdo (jovem, veloz e com bom poder ofensivo) foi derrubado na área pelo goleiro botafoguense, o uruguaio Castillo, e o juiz assinalou pênalti. Rogério Ceni foi pra bola e converteu a chance em gol em impecável cobrança, assinalando assim um gol importante da história do campeonato brasileiro (o de número 1500 do clube paulista, o primeiro clube a chegar a tal marca).

Do mais, o que se viu foi o time carioca oferecer alguns lances de perigo e só. No segundo tempo, na casa dos 30’ o visitante empatou a partida com o polêmico e instável jogador Carlos Alberto. O meia (ex-Corinthians, ex-Fluminense, ex-São Paulo, hoje no Botafogo, emprestado pelo Werder Bremen) anotou um gol e comemorou como se tivesse uma imensa paixão pelo clube carioca (? – não entendi ainda). Apenas nos minutos finais, Dagoberto conseguiu colocar a cabeça na bola, depois de jogada de Aloísio à direita da pequena área de Castillo, que jogou a bola no pé de J. Wagner que cruzou perfeitamente. Durante o segundo tempo, o domínio do jogo foi pleno do Botafogo. O Tricolor apenas assustou com alguns cabeceios (um deles na trave, por Zé Luis) e chutes de média e curta-distância, mas ainda no primeiro tempo da partida.

A vitória é importantíssima e, somada ao golpe da equipe do Vitória sobre o Flamengo, aproximou os 6 primeiros colocados de vez na pontuação. O Flamengo não tem mais de 3 pontos em relação ao 5 colocado (SPFC), e apenas 4 pontos em relação ao 6º (Palmeiras). O bolo aumentou e as chances e expectativas também. O sonho do hexa não é só possível, mas mais do que nunca, absolutamente real e forte, porém, como alertou Rizek, o Tricolor tem de acordar e não apenas abrir os olhos por 5 minutos. Fato é que somamos pontos sobre as mais fortes equipes da competição, com vitórias mais do que convincentes, exceto contra o Cruzeiro (apenas um empate), contudo perdemos pontos frente a adversários mais fracos (Ipatinga e Náutico – ambos, em casa).

É mais do que essencial e de tremenda importância que o pique não se esvaeça, a confiança aumente e a vontade se prolongue, pois sem um destes elementos, não vejo grandes chances de alcançarmos o inédito e sonhado Hexa. Será que contra o Internacional (adversário forte, mas não está tão bem na tabela) o São Paulo apresentará novamente futebol burocrático e sem criatividade, acuado e sem grande poder agressivo? Ou então veremos um São Paulo mais maduro e firme em suas investidas, em prol de mais uma importante vitória, a primeira seqüência “quádrupla”? O que você pensa disso, caro leitor?

Ah, apenas pra concluir, com um ar mais otimista, hoje nos treinos do Tricolor, o recém contratado por empréstimo, André Lima, foi estrela em jogo-treino amistoso contra o “Pão de Açúcar”. Na vitória por 7x0, o atacante (ex-Botafogo) marcou 4 gols, seguido por Roni (que fez 2, também atacante, de 17 anos) e o volante Wellington (1 gol). Com a volta de Borges (goleador-nato, a meu ver), uma superação de Aloísio “Chulapa”, a reação à fase de jejum de Dagoberto, o amadurecimento de Éder Luís na equipe, parece que nosso treinador terá dores de cabeça (graças!). Além, é claro, da dupla “Rodrigo e Anderson” na zaga, que têm tudo para substituir a possível e provável saída de Alex Silva (espero que só ele, pois Miranda é muito importante à equipe e espero ver André Dias mantido na equipe titular).

Parece, então, que um novo São Paulo está se formando, com novas bases, nova estrutura - e um velho e comum hábito se aproxima: o de erguer taças.

Desperte, Dragão!
Pra cima do Internacional, vamos São Paulo!
Em busca do Hexa, me chama que eu vou.

Obrigado e, a todos, um forte abraço!

Um comentário:

Sam disse...

Que tal amigo sao paulista!!!

La verdad que muy contenta por el triunfo, nuevamente tuve la suerte de poder mirarlo por internet. Pero al igual que vos, no me quede con mucha tranquilidad respecto a como esta jugando el equipo. Esperemos que con el correr de los partidos (y los triunfos) el equipo vaya tomando confianza para lograr un buen juego.

Te mando saludos muy grandes :)