23.4.09

Ê, São Paulo!!

Que sufoco!! Não precisava de tudo isso, mas foi assim que foi. O jogo foi feio demais, do começo ao fim, mas uma coisa foi marcante: a atitude perseverante de uma peça, durante os 90 minutos de jogo. Dagoberto não desistia de jogada nenhuma. Nada era jogada perdida, nenhum lance era à toa, nenhuma bola era impossível. Tudo valia à pena arriscar, se esticar, gastar o ar dos pulmões e se entregar.

Tal perseverança foi premiada com dois gols (ainda bem!), que deram a virada ao Tricolor. Gols merecidos, coroando uma atuação perfeita, na qual o atacante são paulino se doou ao máximo, abriu espaços, correu muito, driblou, cortou, chutou, cruzou, passou e fez tudo que se espera de um grande jogador. Uma pena que estivesse fora de sintonia com o elenco, ou melhor, o elenco é que estava fora de sintonia com ele. O São Paulo saiu perdendo na partida após (a meu ver) falha da zaga que deixou o atacante adversário aparecer pelas costas, em condição legal, e receber ótimo passe, e pela direita da área de Bosco, dar um toque sutil para as redes, ainda no primeiro tempo.

Mas Dagoberto mudaria essa história com seus gols. Um dos gols foi num lampejo de bom futebol de Jean (um ótimo jogador que não vem jogando muito bem nos últimos 3 ou 4 jogos), no qual o volante fez jogada individual de força dentro da área e cruzou rasteiro na pequena área e Dagoberto, espero, apareceu para conferir, por baixo das pernas do arqueiro do América de Cáli. O segundo foi bizarro! O atacante tricolor havia perdido uma jogada na entrada da área e continuou na marcação da saída de bola adversária. O zagueiro, indeciso, resolveu tocar para o goleiro, um pouco na fogueira. Dagoberto não desistiu e continuou correndo em direção à bola, e deu certo! O arqueiro chutou a bola de qualquer maneira, a pelota bateu nas costelas de Dagoberto, que pulara para se proteger, e foi para a rede, lentamente, para desespero dos visitantes. Uma boa dose de sorte, mas muita dedicação premiada também.

Dagô continuou na mesma toada até o fim do jogo. Uma pena que praticamente sozinho, pois Washington estava mal (novamente) e já havia perdido algumas grandes chances. Borges desapareceu no jogo. Hernanes, bem, este deixo de comentar, pois só lembro-me de três lances: um que chutou por cima do gol, outro em que firulou até perder a bola e no fim uma falta muitíssimo mal batida (a ponto de ir pra perto da bandeira de escanteio). Jorge Wagner até começou bem na partida, mas acabou seguindo o ritmo da maioria e parou de jogar no meio da partida. Hugo, que entrou no segundo tempo no lugar de Borges, nada mudou a cara da partida, nem pra melhor, nem pra pior (menos mal). A zaga que falhou no primeiro gol não é tão confiável sem a presença do xerife André Dias. Enfim, por aí vai...

Agora o Tricolor tem 2 semanas para descansar, resgatar o vigor físico, treinar taticamente, aprimorar fundamentos (porque está precisando) e voltar a ter um futebol vibrante (de Libertadores) e bem jogado (não precisa ser bonito). Espero, também, que o Sr. Muricy mude a postura com relação a algumas peças, em especial o intocável Hernanes, que nada faz o jogo todo há jogos e ainda assim é titular absoluto da equipe (?) sem nem sequer ser substituído. Até o próximo jogo, ficamos na expectativa para saber quem será nosso adversário na segunda fase (mata-mata), e torço pra que não seja qualquer "baba", pois só assim pro SPFC tentar, de verdade, apresentar um bom futebol coletivamente.

Abraços a todos e até breve.


Ps.: a torcida não esteve em grande número (pouco mais de 20 mil), eu mesmo não fui, mas gostei de ver o incentivo do início ao fim da partida! Parabéns, Nação Tricolor! Parece-me que a mudança de postura não foi só em um jogo (espero!).

2 comentários:

Unknown disse...

cara, eu vou ser sincero: se o melhor jogador do spfc é o dagoberto, nota que nosso time tá um lixo. sério. acho ele fraco demais. pode correr (mas não pode se esconder. hehehe), mas isso resolve uma vez ou outra. quando é exigido nem resolve.

Vidiball Oi! disse...

O gol de Dagoberto me fez recordar o SP de Raí, Zetti, Cafú, Ronaldão, Valber, Cerezo, Palhinha, etc (meu time de botão que tenho até hj)

Mas fez recordar principalmente de Müller, contra o Milan, em 1993.

Eu torci de mais para o São Paulo aquele dia, lembro que o jogo foi numa madrugada, e o tricolor venceu!


Mas o gol foi bastante parecido, para os místicos, poderiam considerar algo bom para o futuro do tricolor!

Abraços Oi!