6.3.09

Acima de qualquer suspeita...

Finalmente, "acima de qualquer suspeita" uma partida digna de São Paulo Futebol Clube em 2009. Não, não é exagero coisa alguma! Ontem, antes da partida eu escrevi sobre minhas expectativas com relação ao estilo de jogo do SPFC, e pareceu-me que eu realmente tinha razão com algumas coisas.

Muricy utilizou, felizmente, Junior Cesar na partida, jogando Jorge Wagner pra meia esquerda, dando mais poder de marcação no setor do que com Hugo, e também possibilitando jogadas de velocidade pela linha de fundo, além, é claro, de jogadas de bola aérea (sendo que uma delas resultou no primeiro gol, aos 2 minutos, de Washington). O jogo do SPFC não foi um jogo super dinâmico, mas foi lá e cá, com a diferença de que nosso arqueiro esteve inspiradíssimo, nosso trio de zaga foi muito bem, o meio de campo soube trabalhar a bola de pé em pé, marcou muito bem e o ataque foi super eficiente (isto porque também perdeu muitos gols, alguns por mérito do goleiro do América de Cáli).

O sistema de 3 zagueiros, que eu cheguei a citar como algo, em certas vezes, desnecessário, ontem teve razões de permanecer, em vista que o time colombiano não estava retrancado e, com dois atacantes, um deles alto, buscava muito a jogada de bola alta. Ou seja, o sistema de 3 zagueiros não foi bem explorado por eles e funcionou.

(foto: Hernanes, autor do belo passe para o segundo gol sãopaulino, gol que resultou em briga*, fonte: globoesporte.com)


Tivemos um time que soube explorar as fraquezas do adversário ontem, foi pra cima e diminuiu os espaços, inclusive marcando a saída de bola do time colombiano. Ontem, senti confiança novamente. Percebi que Muricy reviu algumas idéias, e provavelmente mostrou confiança no potencial de seus atletas, o que os deu mais força pra jogar o que sabem jogar. Além, é claro, que a presença de Rogério Ceni em campo é um diferencial. Traz uma dose extra de confiança para os beques tricolores, torcedores e transmite sua experiência a todo o elenco. Vimos um time aguerrido, de pegada e força, mas sem deixar a qualidade técnica de lado (aliás, Hernanes ainda imendou um chapéu num meia adversário que o rapaz deve estar se perguntando, até agora, o que foi aquele vento na testa).

Por fim, digo: ontem o São Paulo que bota medo em seus adversários mostrou sua identidade, apresentou suas armas, festejou os 50 anos de Libertadores, fez valer toda sua força e experiência, seu peso de camisa e o respeito que conquistou nestes 73 anos de história. Gostei de ver, e agora fico no aguardo da próxima partida pelo torneio continental!

Nota do time: 8! Todos foram muito bem, não perfeitos pra um 10 nem semi-perfeitos pr'um 9,5 ou 9. Não houve um jogador que tenha destoado negativamente do grupo num geral. Inclusive Muricy. Todos tiveram papel tão importante quanto os de Jorge Wagner, no cruzamento certeiro para Washington no primeiro gol, quanto de Hernanes, no lançamento pro segundo gol (também de W9), quanto ainda o de André Dias, xerife na zaga, que acertou ótimo cruzamento para Miranda cabecear, e a bola rebatida pelo goleiro sobrar para o gol de Borges, o terceiro do jogo, que decretou a vitória sãopaulina. Portanto, uma nota geral.

Destaques: apenas para Washington e Borges, que não perdoaram quando tiveram suas oportunidades. Só não fizeram mais gols pois o arqueiro adversário, que falhou em não sair na bola do segundo gol Tricolor, esteve muito bem em quase toda partida. Para os dois, uma nota diferenciada: 9. Se continuarem assim, chegam a um 9,5 durante as próximas partidas. 10 é se fizerem isso na final.

(foto: Washington e Borges posam para o "globoesporte.com" como a Dupla do Barulho)


O Paulista está aí (domingo), e parece que Muricy Ramalho vai colocar um mistão (ou um time B - reservas) pra jogar. Espero que o faça mesmo e depois no outro jogo volte a jogar com os principais (estes de ontem), pra que não percam o ritmo e trabalhem mais jogadas alternativas. Mas o que importa agora é que o SPFC é líder de seu grupo, ao lado de Defensor (do Uruguai), com vantagem no saldo de gols (e nos gols pró, segundo critério de desempate). O jogo é só dia 18 de março, então são 2 semanas para trabalhar (e aguardarmos ansiosamente).

Até lá, só digo que A CADA DIA TE QUERO MAIS!!


Força, sempre, Tricolor - O Mais Querido!


* Não, a briga não foi entre Tricolores e colombianos. A briga foi entre os donos da casa mesmo. Entre zagueiro (Viáfara) e goleiro (Mesa), e também de atos de hostilidade por parte da torcida, que arremeçou objetos no gramado, como manifestação (infeliz, pois interrompeu a partida em 4 minutos) de descontentamento com o desempenho da equipe.

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