Operação Dragão (sim, me inspirei no nome do filme de Bruce Lee)
Não há melhor momento de ressuscitar este blog-adormecido do que este. Por quê? Parece-me até óbvio, em todo caso, justifico. Neste tempo todo que me ausentei, estive ocupadíssimo (aliás, ainda estou, não fosse minha cara-de-pau de mexer no computador mesmo tendo prioridades muito maiores que a internet na vida), com meu trabalho e minhas correrias do dia-a-dia. Tais ocupações me tiraram a possibilidade de fazer meus habituais textos e de acompanhar meu amado, nosso Mais Querido Tricolor nos estádios, especialmente no Morumbi, nossa casa tão grandiosa e histórica, de tantas glórias e conquistas.
Mas estou de volta, no momento mais oportuno possível. No momento em que o Dragão desperta de vez, mostra que continua protegendo seu império, seu domínio, sua glória, sua força. O Dragão chamado São Paulo Futebol Clube, atual dono do “cinturão” do futebol nacional, mais incontestável impossível, pois foram 2 títulos seguidos após quedas dramáticas em Libertadores, assim como foi este ano. Finalmente, trauma superado meses e meses depois, o Tricolor Paulista encosta no líder, o Grêmio. A diferença do time gaúcho reside apenas nos critérios de desempate, sendo que o Grêmio possui 17 contra 16 vitórias no torneio.
Durante a temporada 2008, o SPFC sofreu, martelou, tropeçou, frustrou, cansou, irritou, empolgou, iludiu e desiludiu. Não foi ano de contratações, talvez a única tenha sido o empréstimo relâmpago de Adriano (hoje reserva na Inter de Milão) que resultou num futebol centrando as atenções ao jogador em recuperação – uma jogada de marketing do clube que marcou 17 pelos pés do atacante, em 24 partidas disputadas. O final deste casamento entre o Dragão e o Imperador foi trágico, derrubados pelo Fluminense com um gol traiçoeiro, dolorido, do “Coração Valente” Washington.
Não houveram mais contratações de peso, apenas alguns nomes sem tanta força, mesmo que em boas fases em suas equipes, casos de Joilson, Juninho (ambos do Botafogo), e outras contratações polêmicas, como Carlos Alberto e Fábio Santos (Vida Loka). Sem dúvidas foi um ano difícil e, culpados não faltaram. Alguns apoiavam seus argumentos todos sobre o mau planejamento da diretoria (fato que surpreendeu o mais cético dos comentaristas e torcedores), outros jogaram a culpa toda no técnico Muricy Ramalho, por sua teimosia e persistência em certos jogadores (Richarlyson, por exemplo, foi o bode-expiatório escolhido) e por sua clássica grosseira-sinceridade com a imprensa. Ainda houve gente apontando uma doença que afeta todo o futebol brasileiro e, em grande parte, latino-americano: a safra ruim de talentos. Dentre tais talentos, o técnico são-paulino (de contrato e de coração) encontrou um meia que (poderia ter surgido antes) ajeitou o setor de meio-campo da equipe, ao lado de Hernanes, tanto no aspecto defensivo como ofensivo. O jovem de 22 anos, Jean, fortaleceu o meio-campo com desarmes seguros, personalidade, raça, técnica (mostrada no belíssimo gol na última quarta-feira, ante o Botafogo, encobrindo o goleiro) e velocidade.
Perdemos neste ano uma semifinal de 180 minutos para o Palmeiras no campeonato Paulista, somada a eliminação nas quartas pro Fluminense no torneio favorito do SPFC, mas agora no fim do ano, com o time mais estável, apresentando, se não padrão de jogo, maior variedade de jogadas, mais vontade e garra. Até que finalmente podemos ver nosso querido Tricolor em seu lugar novamente, o topo. Apenas o SPFC pode tirar de si mesmo o troféu, mesmo ainda estando atrás do Grêmio em números de vitórias, e por quê?
O time dos pampas tem pela frente confrontos diretos contra Palmeiras e Flamengo e, convenhamos, não é mais nem um pouco favorito, visto o placar e o baile que levou no Mineirão frente o Cruzeiro: 3x0. O nosso vizinho de CT está logo atrás, com 1 ponto a menos apenas, mas ainda topa o Grêmio em breve e o Santos (neste domingo) que está em ascensão, além de ser um clássico Paulista de muita tradição e equilíbrio em brasileiros. O time carioca, por sua vez, perdeu os dois confrontos contra o Tricolor no ano, deixou escapar uma vitória na última quarta, se distanciando em 3 pontos do líder, e ainda vai se encontrar com Palmeiras e Cruzeiro, sem citar o clássico contra o Botafogo. Já o Cruzeiro tem apenas o Flamengo de confronto direto, além de encarar, no Beira-Rio o Internacional.
Nossa tabela é, sem sombra de dúvidas, a menos complicada até o encerramento do torneio: Internacional (em casa, no Morumbi), Portuguesa (fora, no Canindé), Figueirense (em casa), Vasco-freguês (fora, provavelmente em São Januário), Fluminense (em casa) e, por fim, Goiás (fora). Não são adversários tão perigosos, talvez apenas o Internacional represente grande perigo, apesar da ascensão da Lusa fugindo da zona de rebaixamento. Os outros adversários são mais fracos ou menos pretensiosos: o Goiás está apenas tentando garantir-se na Sul-Americana, o mesmo serve pro Inter que, alguns dizem, tem interesse em ver o Grêmio se complicar. Vasco está na zona de desespero, quase na Série-B 2009, o mesmo perigo existe pra Fluminense e Figueirense. Sendo assim, não vejo grandes dificuldades em mantermos a pegada e o ritmo.
A choradeira já começou, no último dia 29, quando o SPFC venceu o Botafogo em pleno Engenhão e acumulou a mesma pontuação do líder Grêmio. Dirigentes do “prejudicado” Botafogo – em especial o presidente (ou torcedor?) Bebeto de Freitas chegou a invadir o gramado, reclamando exaltado e dizendo que aquilo (a anulação do que teria sido o gol de empate carioca) foi um assalto à mão armada. Aproveitando o embalo, quem está irritado com o Internacional de Porto Alegre (pois supostamente estes, seus eternos rivais gaúchos, entrarão “mole” contra o Tricolor Paulista neste domingo, devido ao número de reservas escalados), o Grêmio não perdeu tempo em reclamar também. Afirmam que já há favorecimento ao Tricolor Mais Querido por parte da arbitragem, ignorando que no jogo que o SPFC perdeu para o próprio Grêmio, fomos “prejudicados” por um gol ilegal (em impedimento) que o juiz da partida validou.
Não bobo, pra não ficar atrás, dirigentes do Palmeiras entraram na onda de reclamar (já diria Raul Seixas: “eu também vou reclamar”). Afirmam a mesma coisa que o Grêmio, porém deveriam, tal como o atual líder do torneio, olhar pro próprio umbigo e se recordarem (ambos) de suas recentes derrotas (por 3x0, no caso do Grêmio para Cruzeiro e 2x0 para Portuguesa – no caso do Palmeiras, 3x0 para o Fluminense). É fácil reclamar de arbitragem, isolar os fatos e colocar um bode-expiatório pra tudo. Ocultar as próprias limitações e ignorar os próprios tropeços, abrir mão da responsabilidade sobre as próprias mazelas e erros cometidos, quem não quer? Difícil é ter peito, admitir seus próprios erros e seguir em frente, justificar a posição onde está independentemente do que acontece com os outros.
Sempre que o papo é arbitragem em Brasileiros, penso no campeonato de 2005, conquistado pelo Corinthians (de volta à Série A em 2009). Na ocasião, uma enorme polêmica envolvendo a arbitragem fez com que vários jogos voltassem e tais partidas acabaram beneficiando (indiretamente) ao Corinthians que, por sinal, empatou com o Internacional (vice-campeão no ano) em 1x1 em partida mais polêmica ainda (já citada anteriormente). Fato é que houve um grande esquema de arbitragem, mas até a última rodada, o Internacional tinha como reverter a situação, foi incompetente, perdeu o torneio e até hoje se lamenta. Incompetência é o que resumiu aquele campeonato do Internacional, e não qualquer outra coisa que muitos insistem em afirmar.
Estou confiante, domingo estarei no Morumbi (após meses sem poder comparecer aos jogos), e vejo uma nova estrela surgindo nos peitos de sangue e coração Tricolor. A sexta estrela, a que ninguém (sem polêmicas de CBF e C-13) tem ou sonha em ter, além do nosso querido SPFC.
Obrigado pela paciência de ler até aqui, caro amigo São Paulino (ou não!)
VAMOS SÃO PAULO!
VAMOS SER CAMPEÃO!!
1.11.08
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Um comentário:
êeeee...Saudações TRIcolores!
Fico feliz pela ressureição(?)..rsrs
Achei que vc ia abandonar NOSSO TRIcolor justo agora! rs
mtooo bom seus textos viu, moço!
E vê se não morre de novo...
Gnde BjoooO
Cá
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