4.11.08

Sim, está próximo! O Hexa

Como ressucitei o blog (ressurreição, jezus, entendeu?? trocadilho, ahn?), nada mais justo que fazer um post logo após uma rodada super favorável, ahn?!

Bem, eu já havia dito antes do clássico SPFC x Palmeiras, que quem saísse vitorioso seria campeão. Não houve vitorioso (em pontuação), mas houve um time que saiu com a certeza de que tinha futebol o suficiente pra reverter a ordem do torneio. Este time foi o Tricolor, e por quê?

Bem, me parece simples e justo: apesar de termos sofrido um empate amargo com gosto de derrota nos últimos minutos de jogo após bela jogada de Denílson (ex-SPFC) e após gol-contra de Dagoberto (que havia marcado um golaço no primeiro tempo), foi nítido o domínio tricolor na maior parte da partida. Desde aquela partida, o Tricolor mostrou que tinha futebol o suficiente pra encarar quem quer que fosse e, a partir de então, apesar de uma partida morna contra o Sport Recife, a qual vencemos, mandamos no jogo contra o Botafogo (mesmo com sustos e um gol-polêmico invalidado dos anfitriões) e domingo agora, atropelamos, sem dó nem piedade, o Internacional de Porto Alegre. Maior posse de bola, bastante movimentação, muita raça e determinação tática, e apesar de algumas falhas de marcação, um setor defensivo quase intransponível, pois, se os zagueiros ou volantes não fazem o que deveriam às vezes, lá está Rogério “Air” Ceni, o maior goleiro do Brasil já há alguns 4 ou 5 anos (fácil!).

Estive presente no Estádio do Morumbi e vi 54 mil pessoas empurrando a equipe de forma que era possível sentir a energia positiva no ar. Acertei o placar: 3x0, que havia comentado com um amigo, espero que minhas outras previsões sejam certas também. “Como eu te amo Tricolor!” soava e parecia que os gritos de cada torcedor se tornavam um jogador a mais em campo, mesmo que sem a bola, pra fazer com que o SPFC se aproximasse mais e mais do título, ou, ao menos, da liderança. Fato este, consumado após a confirmação do empate por 1x1 entre Grêmio e Figueirense em pleno Estádio Olímpico. Nada mais parecia inatingível, para um time que esteve a 11 pontos do líder em pouco mais de 1 mês e hoje estar 1 ponto a frente do vice-líder, e a 2 pontos do que era, há meses e até sábado, o líder do campeonato, Grêmio. Um crescimento que mostra um poder de reação da equipe altíssimo, independentemente do nível do torneio ser ou não dos mais altos. Mas uma coisa há de ser dita: tal como o futebol do Tricolor não é mais tão vistoso como nos últimos anos, especialmente 2005 e 2006, o futebol das outras equipes também evoluiu, apesar de irregularidades e inconstâncias. Não fosse assim, estaríamos, novamente, na ponta e com uma diferença considerável para o segundo colocado.

Não foi uma vitória apenas, mas sim várias. Primeiramente, foi uma vitória que nos rendeu a liderança do torneio. Depois, foi uma vitória sobre a desconfiança na equipe, que mostrou um futebol de muito brio e garra, e na própria torcida, que compareceu em peso e agitou as arquibancadas (fazendo tremer as estruturas durante o jogo todo). Por fim, foi uma vitória que estabeleceu um marco importante e super relevante nos últimos torneios nacionais que o SPFC disputou: quando assumiu a ponta do Brasileiro, levou até o final (em 2007, perdemos a ponta apenas por uma rodada e logo recuperamos).

Acredito na força do elenco, no peso da camisa, na sorte de campeão, na tradição, na tabela teoricamente mais simples e, principalmente, na vontade de cada são-paulino (elenco, comissão, torcida) em se tornar o primeiro Hexa Campeão Brasileiro (e conquistar o inédito “tri consecutivo”). O trabalho não é fácil, mas todos fatores acima citados hão de confirmar minha crença.

Força do elenco: o elenco é renomado, jovem e experiente. Tanto em vitórias, quanto em derrotas; assim sendo, creio que está bem calejado com a situação de pressão.

Peso da camisa: qualquer equipe brasileira e mundial que vê a camisa do SPFC, mesmo que não em grande fase, respeita. Em um momento de ascensão no campeonato nacional, é de dar medo enfrentar essa equipe, ainda mais quando são times que se encontrar em situações difíceis. Zebras (sim, porque pra mim seria “zebra” perder algum dos próximos jogos, sem querer menosprezar) acontecem, mas não acho que perderemos algum jogo, talvez, no máximo, role um ou dois empates.

Sorte de campeão: é místico, é mágico ou superstição mesmo. Mas quando uma bola bate na trave e na linha e não entra totalmente e, ainda por cima, o juiz não valida o gol, ou quando um gol polêmico é invalidado sem que haja pressão ou reclamação, acredito que seja sorte, pois teoria da conspiração pra mim, é só pra justificar fracasso (às vezes uso também rs!). Competência é sempre necessário, mas quando competência se alia à sorte, daí não há quem segure.

Tradição: não se compra, se conquista. Como maior vencedor de Brasileiros, Libertadores e Mundiais dentro de solos tupiniquins, não acho que haja time de maior tradição, mesmo que mais antigo, que nosso saudoso Tricolor. E Tradição dá peso à camisa, tópico que já explanei acima.

Tabela simples: como já comentei no “post” anterior, temos uma tabela bem mais simples que a de outros adversários e concorrentes ao título, sem confrontos diretos e sem grandes clássicos regionais a disputar, apenas Fluminense e Vasco seriam oponentes tradicionais à altura, mas estão em péssima fase, na zona da degola.

E, por fim, vontade: a garra e determinação que o conjunto são-paulino tem mostrado em campo e fora dele (reservas que, ao menos nas partidas – quando e onde mais interessa – sempre mostram muita satisfação e apoio aos companheiros que jogam) são fatores que fazem toda a diferença a favor de um time. Coisa que às vezes me parece faltar ao que, a meu ver, é nosso maior adversário na briga pelo título: Palmeiras. Mesmo com alguns discursos de união, vejo um time com pequenas brechas, indicando possíveis problemas, quando um goleiro (Marcos) pensa e fala uma coisa, seu técnico (Luxemburgo) o contraria e, de quebra, contradiz palavras de alguns dirigentes (que justificariam nosso, do SPFC, sucesso nas costas de uma suposta arbitragem favorável ao time do Morumbi), dentre outras coisas.

Pra não me alongar (mais ainda), fecho com um cântico, dos mais belos, que não me canso de cantar e, acredito que, é o que mais empurra a equipe rumo às vitórias, o que mais nos dá força e liga, o que mais nos faz ser um time “campeão”:

“Vai lá, vai lá, vai lá!
Vai lá de coração!
Vamos, São Paulo! Vamos, São Paulo!
Vamos, Ser Campeão!”


P.s.: Miranda foi convocado para a Seleção Canarinho! Nada mais justo e merecido. Parabéns, dono da zaga Tricolor. Além de tudo, não nos desfalcará em nenhuma partida (ao menos, a princípio, se não se machucar - espero!).

Obrigado a todos! E voltem sempre.

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