Hoje, vou falar sobre uma coisa que toma conta de todos nós: o sentimento pela "Libertadores da América". Afinal, qual torcedor de que equipe aguarda tão ansiosamente uma simples quarta-feira? Aliás, recentemente uma propaganda publicitária de cerveja divulgava que quartas são dias de "Jeca-Feira" (não vou dar o nome exato, não dou crédito de graça assim)... Pelo amor, que heresia, não?! Quarta-feira é dia de Libertadores, e nada mais!!
Para falar sobre este sentimento, vou me apoiar na minha mais recente experiência vivida no nosso Coliseu, o estádio do Morumbi (Cícero Pompeu de Toledo).
Tenho ido a todos os jogos que posso do SPFC na Libertadores este ano, exceto o terceiro jogo em casa pela primeira fase (é, pra ser são paulino é preciso mais do que paixão... precisamos de um pouco mais de dinheiro), mas sem dúvida a cada jogo que passa a experiência é mais única ainda. Sem mais delongas, infelizmente neste último jogo, SPFC x Fluminense, não pude ficar acompanhado de meus amigos ou familiares que estiveram presentes no nosso grandioso estádio e fui pensando: "com quem irei comemorar? Comentar...". Apesar de a resposta ser mais do que óbvio ("com os outros 60 mil tricolores") senti que me faltaria algo e, eis que, para minha surpresa, assisti ao jogo junto a três figuras diferentes de qualquer outro torcedor que já pude conhecer e presenciei o que é a contaminação de estar em uma arquibancada lotada, em um jogo importante, do Tricolor Paulista e, principalmente, deste em uma Libertadores da América. Tratavam-se de 3 estrangeiros: dois amigos argentinos de Córdoba (província argentina) e um americano maluco de New York (hoje, residente em Seattle, mas que já viveu por 2 anos em SP). Ignácio e Lucas, os argentinos, são dois torcedores do River Plate (Ignácio vestido com o manto sagrado tricolor) que me perguntaram tudo sobre a história do SPFC: nossos ídolos, ex-jogadores, elenco atual e ficaram maravilhados e espantados com a nossa típica homenagem a Telê Santana (eles não sabiam da morte do Mestre). Ao ouvir os gritos me perguntaram: "Telê Santana?" e ao que afirmei, perguntaram se este era nosso técnico ainda, eu disse que não, que já havia falecido, ambos ficaram comovidos, a ponto de reforçarem o coro. Addam, o americano - que também vestia nosso manto sagrado -, se mostrou entendedor de futebol durante a partida, palpitando sobre as jogadas e comentando sobre as cenas que via em campo.
Uma experiência única para mim, mas sem dúvida, mais única para estes três, pois em seus semblantes estava estampada a admiração. Cada grito, cada canto, agitação, movimentação, fogos e bandeiras, a entrada de nossa equipe em campo - tudo era muito observado por eles, que comentavam empolgados com o espetáculo. Ignácio e Lucas estavam impressionados com a imensidão do Morumbi. De acordo com Addam, nos EUA, os jogos de "futebol americano" (football) e também de "futebol inglês" (soccer - nos EUA) também têm casa cheia, assim como estava o Morumbi quarta-feira, porém a maior diferença que existe, de acordo com ele, é o calor, a energia que nossa torcida possui. Foi então que pensei que tudo o que vínhamos falando há algumas semanas atrás sobre a importância da torcida na Libertadores ser imprescindível e imensurável.
De fato, foi engraçado gritar gol junto aos 3, que em momento algum deixaram de apoiar e incentivar, reforçando os coros da torcida são-paulina. E hoje, com certeza, Addam, Ignácio e Lucas se somam à multidão tricolor espalhada pelo globo, graças a nossa relação com a Libertadores. O são-paulino é exigente e ama o que torneio que é o mais cobiçado, e o cobiça mais do que ninguém. Uma certeza é que quando a torcida utiliza todas suas forças para apoiar o time e transmitir este mesmo sentimento à equipe, não há mais quem possa segurar o Tricolor. E é este sentimento que tenho visto crescer no elenco tricolor, transparecido na garra em campo, na raça ao atacar, na força ao defender, na honra que nos faz sentir após cada partida de torcermos pra esta entidade, este clube, esta Nação.
Por fim, se há um time e uma torcida capaz de proporcionar isso tudo, estes são o São Paulo Futebol Clube e toda a torcida Tricolor.
Eu acredito! Seremos Tetra!! Porque o São Paulo ama a Libertadores. Vamos São Paulo!! Vamos ser Campeões!!
Entrada do time Tricolor e a sensacional festa da torcida no Morumbi na partida SPFC 1 x 0 Fluminense válida pelas Quartas-de-Final da Copa Libertadores da América 2008!
Um comentário:
Grande Jezus, sou teu fã, cara!
Parabéns pelo Blog, parabéns pelo texto! Show de bola e retrata bem o espírito de Libertadores...
Abraços, meu amigo!
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