14.2.09

10%? Sim, e é isso aí!!

Fez-se valer um direito previsto, fez-se valer uma hegemonia em seu próprio território, fez-se sentir a fraqueza daqueles que não se mobilizaram ou não se organizaram corretamente em prol de uma conquista do clube: o Estádio próprio.

O São Paulo FC é o clube caçula dentre todos os grandes do Brasil e, em alguns casos, é mais novo do que muitos dos clubes caçulas, com excessões, é claro. Porém, esta característica não tirou o brilho de suas forças e nem reduziu suas potencialidades. Tanto é verdade que, dentre todos os times brasileiros, é o maior vencedor de torneios em todos os âmbitos, com uma quádrupla década de total poderio (desde os anos 70 o Tricolor figura como uma das maiores, e atualmente a maior, forças do país e uma das maiores do continente, e por que não do mundo?).

São glórias que se acumulam e se somam a feitos muitas vezes invejáveis: o Cícero Pompeu de Toledo é uma destas glórias acumuladas. Uma incrível construção que durou mais de 1 década e que coroou o SPFC várias vezes campeão. Além de uma história (desde o princípio) de muita dificuldade e superação. Muitas vezes enfrentou a resistência de seus rivais mais velhos (Corinthians e Palmeiras) especialmente, e até hoje tem desavenças nos bastidores entre si. Casos recentes ou nem tanto. Porém, finalmente, o SPFC faz valer sua posição de clube que chegou para abalar as estruturas de quem se apoia em tradicionalismos extremamente unilaterais.

Este caso dos 10% é um ótimo exemplo disso. O SPFC “é co-irmão” quando ajuda ao Corinthians com divisões de Estádio em 50%, quando existe alguma necessidade por parte deles, porém, quando o jogo é no Pacaembu, por exemplo, nem um setor decente da torcida é destinado ao Tricolor, e simplesmente o tal “tobogã”, que tem má visão do jogo e não chega nem a 20% do Estádio (lembrando, novamente, que no Morumbi era 50% pros visitantes em clássicos) nos é cedido.

A regra é para todos e deveria ter sido aplicada primeiramente em jogo contra o Palmeiras, que no Morumbi dividia casa em 50% e no Palestra era apenas “a área da piscina”, deixando os tricolores que iam prestigiar o time em péssimas condições, além de todo um clima hostil e de possível tocaia nos arredores do Pq Antártica. Isto sem falar no Santos, também!

Por estas e outras razões, sou a favor e acho que demorou pra que a Diretoria tomasse tal atitude!

Acho que algumas declarações foram em tom excedido e desnecessário, perante a gritaria e baixaria que o Corinthians fez ao saber da decisão, porém, a decisão em si foi correta. Imagino que tenham, sim, pensado no torcedor, mas acima de tudo, pensado ou não, acabaram por favorecer.

E apenas um “parêntese”: Gobbi (um dos porta-vozes do Corinthians no caso) afirmou que duvida que a torcida tricolor preencha todo o estádio. Apesar de que ninguém se importa com o que ele diz ou deixa de dizer, para isso, tenho duas respostas complementares uma à outra.

1) Se a casa não encher, o problema é simplesmente do SPFC, afinal, a casa é do SPFC. Não quer dizer que porquê você viaja para o litoral que sua casa deva ser preenchida/habitada por outrem em sua ausêcia.

2) A torcida do SPFC deve comparecer, sim, em grande número, porém, caso não encha o estádio, é justo, afinal, a torcida do SPFC prioriza um torneio bem alheio ao Corinthians: a Libertadores da América. E talvez por isso o estádio não esteja repleto, pois tem muita gente que precisa racionar o dinheiro para escolher qual é o jogo que realmente importa.

Finalizo apenas dizendo que torço por um grande jogo, além, é claro, de paz nos arredores do estádio, e que a baixaria promovida pela diretoria alvinegra (e comprada pela tricolor) não contamine a cabeça dos torcedors, e que estes vão lá apenas para prestigiar e fazer uma bela festa.

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