O Tricolor iniciou na competição arrasador, goleando o Ceará por 5x0. Depois, atropelou o Juventus-AC por 10x0 e só encontrou um pouco mais de dificuldades contra o time da casa, Rio Claro, vencendo-o por placar magro de 1x0. Passando à segunda-fase, o Tricolorzinho superou o Juventus da Mooca (vulgo Moleque Travesso) por expressivos 5x0. Em seguida, deparou-se com o Barueri, e após tomar seu primeiro gol no torneio, virou a partida e não perdoou o time do interior, fechando o placar em 4x1. Diante do Internacional de Porto Alegre (nosso velho conhecido e amargo adversário desde 2006 na Libertadores), o SPFC cedeu empate em 2x2 e decidiu nos pênaltis. Passou à fase seguinte graças à defesa de Leonardo no 6º pênalti do time gaúcho, já que até então nenhum atleta de nenhuma das equipes havia desperdiçado suas cobranças (aliás, todas muito bem batidas, por ambas equipes). Mas eis que nos encontramos com as vítimas de 2005 (também pela Libertadores): o Atlético Paranaense. Após virar o primeiro tempo vencendo por 1x0, o Tricolor cedeu a virada ao time curitibano e aos 47' Oscar não converteu a penalidade, defendida com méritos e todas as pompas pelo goleiro do CAP.
(na foto: Oscar-10 - fonte / créditos: Rubens Chiri)

Os jogadores não estão prontos e não haveria como estarem, sendo que muitos deles não ultrapassam a casa dos 17 anos, caso de Oscar. Outros ainda tão jovens, aos 18 anos, como Bruno Formigonne. De qualquer forma, são peças como os dois citados, além de Henrique, Julio Cesar, Leonardo e Wellington que fazem com que nós, tricolores, possamos esperar um bom-futebol pr'um futuro breve e, quem sabe ainda, boas cifras nos cofres depois. Das categorias de base do SPFC surgiram peças como Jean, Hernanes (o novo 10 Tricolor), Denilson (hoje no Arsenal), Breno (hoje Bayern München), Kaká, dentre outros. Alguns destes atuais jogadores, recém eliminados no torneio de juniores, deverão (espero!) vestir a camisa principal do SPFC. Não nos cabe julgá-los desde já como "amarelões" nem sequer como "craques", mas sim esperarmos, torcermos e apoiarmos em suas jornadas, pois um time campeão também precisa de suporte emocional, e se nós, torcedores não o dermos, suas chances com o manto sagrado serão menores ainda. Portanto, tomemos esta Copa SP de Jrs como saldo positivo de um trabalho sério, criterioso e que nos trará bons frutos.
Bem, bem, bem... agora é hora de falar sobre o dia de hoje (ontem já), 25 de janeiro de 2009. Ano em que a cidade de SP completou 455 anos, data em que o Tricolor também comemora seu primeiro nascimento como SPFC (1930, surge o São Paulo da Floresta) e a inauguração de seu Estádio totalmente concluído, em 1970.
O palco pra comemoração não foi o Morumbi, nosso grandioso, mas uma velha casa, um velho solo Tricolor, que hoje pertence aos representantes da antiga "Metrópole" (Portugal): o Canindé. A partida me trouxe à mente uma curiosa situação. SP foi o palco, em 7 de setembro de 1822, da Independência proclamada por Dom Pedro I (com os mitos de identidade nacional e tudo que se tem direito, gritos no Ipiranga e etc.) como uma separação oficial das terras tupiniquins em relação à colônia lusitana. Hoje, no aniversário da cidade, nada mais justo que o clube que ostenta o nome desta cidade aniversariante triunfasse sobre aqueles que por séculos foram nossos "senhores".


Junior Cesar também jogou hoje, mas teve participação mais discreta na partida, apesar de não ter comprometido. Arouca esteve em campo mas também não foi tão importante no desenrolar do jogo, ainda por falta de entrosamento: natural.
Após a primeira rodada resolvi não comentar nada, pois julgo que um jogo apenas é pouco demais pra expressar algo sobre o time, ainda mais em começo de temporada, mas não achei que naquela partida o SPFC foi mal: muito pelo contrário. Vi muitas chances claras de gol e um time bastante sólido, apesar de alguns apagões típicos de início de temporada. Mas gostei do que vi. Porém hoje, apesar de um futebol menos ofensivo e talvez até mais burocrático, o SPFC conquistou os três pontos neste torneio que a meu ver não merece nossa atenção, e isso é bom, pois a Libertadores ainda demora quase um mês a começar e será bom que o time pegue ritmo durante o estadual pra chegar bem no continental.
Penso, inclusive, que o Campeonato Paulista deveria (parece que assim será) servir como uma pré-temporada, para acertar o time que disputará a Libertadores, sem menosprezo aos adversários, mas sem importância ao caneco (já temos 21 destes e não possuem grande relevância na verdade). Utilizar o paulista como laboratório, treino, e oportunidade de dar ritmo de jogo e entrosamento à equipe me parece o adequado e, assim que a Libertadores estiver bem próxima, colocar um time B ou até C (reservas ou reservas dos reservas) pra disputar o torneio estadual, priorizando em 100% a Libertadores. Esta é minha idéia, proposta e esperança.
2009 é um ano chave, o quarto de Muricy no comando da equipe, provavelmente o último de Hernanes e Miranda, e a 6ª vez que a equipe disputa o continental consecutivamente (desde 2004 o SPFC não sai do torneio). Nestas 6 participações acumulamos uma conquista, um vice, paramos nas quartas de final 2 vezes e nas oitavas 2 vezes também. Ou seja, todas as vezes, na segunda-fase. O que me faz crer que, mesmo que ainda não tenhamos atingido o nível ideal, os 100% necessários pra ser campeão, temos um tempo suficiente pra armar um time forte e extremamente competitivo. O elenco 2009 é o mais forte, a meu ver, desde 2007 (superando os dois anos: 07 e 08), ao menos no papel, mas ainda há de provar isso com a bola nos pés. Se o fizer, espero que o seja na Libertadores. Será a consagração maior do atual comandante, a reafirmação do maior campeão da década aqui no Brasil e do time mais vencedor em território nacional desde os anos 90.
(na foto: Marco Polo del Nero - presidente da FPF)

Por isso, eu acredito. Em 2009, a América será sua, Tricolor! Depois, que venha o Mundo... sobre isso, deixemos que o tempo diga (e eu comente mais pra frente!).
Obrigado, tricolores!
Saudações!!